As comunidades portuárias mundiais estão se organizando em novos sistemas de cooperação técnica para compartilhar novas tecnologias e buscar soluções inovadoras. Assim, as decisões devem ser tomadas objetivando melhores resultados coletivos. Portanto, para impulsionar os negócios do porto, a sua profundidade à navegação não deve ser um fator limitante.
Cada vez que se analisa a iniciativa do presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Casemiro Tércio Carvalho, de lançar um edital para recebimento de doações de estudos portuários para modelagem da concessão do canal de acesso ao Porto de Santos à iniciativa privada, fica mais difícil ao se considerar que o custo estimado de US$ 1 milhão desse projeto pode e deveria ser custeado pela Taxa de Utilização do Porto (TUP).
Há muito, Portogente debate e propõe modelo para privatizar a dragagem do Porto de Santos. A manutenção das profundidades para segurança da navegação e produtividade de um estuário é um serviço sob medida, que considera conceitos e históricos do regime estuarino, principalmente o processo do seu assoreamento. No entanto, o interesse político sobre os valores arrecadados pela TUP sobrepusera-se, até recentemente, aos fundamentos técnico e operacional do porto, com prejuízo da sua competitividade.
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Decerto que a delonga para restabelecer a dragagem do mais importante porto do Hemisfério Sul pode resultar em restrições de calado, logo, logo. Isto significa baixa produtividade e custo econômico para o Brasil. E tal possibilidade vai causar forte impacto à comunidade portuária local, que há anos vem lutando para implantar profundidade de 17 metros no Porto de Santos. Oportuno salientar: aproxima-se o período de escoamento da próxima safra.
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Talvez esses desacertos ocorram por falta de liberdade de decisão, da parte do presidente da Codesp. É o que transparece o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, ocupar também a presidência do Conselho de Administração (Consad) da Autoridade Portuária de Santos.