A política dos portos brasileiros destoa, paradoxalmente, do desempenho apresentado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, como um ponto fora da curva. Enquanto o progresso portuário patina sem rumo e cada vez mais distante do compromisso de campanha do então candidato Jair Bolsonaro - envolvendo os portos brasileiros alcançarem patamar semelhante ao dos maiores portos asiáticos -, portos mundiais, como o de Roterdã (Holanda), olham para o futuro com lentes tecnológicas, precisas e esbanjando competência.
Dia a Dia | 11 de abril de 2019
* Os portos do Brasil carecem de visão
Na implantação de tecnologia blockchain, "Roterdã está além da publicidade", nas palavras de Martin Thijsen, da área de Estratégia Digital, Transformação e Desenvolvimento de Negócios no porto europeu. Como ele também afirma, "o poder de impacto é enorme”. Entendido em duplo sentido, o de promover um progresso que supera expectativas ou aumentar o fosso do atraso e da perda de tempo, com reflexos negativos na competitividade do produto no comércio marítimo. Ameaça que ronda portos brasileiros, como o de Santos.
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Não menos surpreendente, o programa de sustentabilidade focado na energia por hidrogênio do Porto de Roterdã destaca a chegada de um novo tempo dos portos, no qual a diferença não é apenas uma inovação, mas um conjunto delas que deriva de um novo conceito, uma nova forma de fazer negócios. Como resultado de uma nova cultura, nos próximos três anos, os preparativos para estabelecer a maior usina de hidrogênio verde da Europa ocorrerão no principal porto holandês e da Europa.
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A logística portuária do Arco Norte sobressai no processo de implantar esse novo tempo no Brasil, com novas formas de fazer negócios e como forte atrativo de investimentos. Trata-se de uma comunidade de 23 portos marítimos e fluviais, abrangendo uma hinterlândia acima do paralelo 16° S, maior do que a soma dos territórios de nove países europeus e asiáticos – entre eles Itália, França e Grécia. A porta de entrada desse progresso é a conclusão de obras de infraestrutura que pareciam intermináveis.
O ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas vem realizando um trabalho reconhecido internacionalmente, por sua qualidade e por sua inserção na economia global, através da construção de novos caminhos competitivos para o produto brasileiro nos comércios internacional e interno. Essa liberação de energia essencial para o progresso social e econômico, tão necessários ao Brasil, é o sol de um novo e desejado amanhecer.