Falando na 13ª Palestra da Semana Marítima de Cingapura, nesta segunda-feira (08/04), Chan Chun Sing, o ministro do Comércio e da Indústria de Cingapura, abordou o papel da Cingapura Marítima, como sendo um pilar indispensável do comércio global para a cidade-estado. Sua reflexão proporciona uma admirável percepção da logística integrada como motor do desenvolvimento.
Sua pergunta e resposta se constituem num ingrediente inovador do milenar debate sobre o papel das cidades portuárias, desde os fenícios: “Como uma cidade-estado como nós sobrevive - uma cidade-estado que não tem hinterlândia? Para que a nossa cidade-estado sobreviva, o comércio é a nossa salvação, por isso precisamos nos conectar ao mundo como nosso interior”, disse Chan.
Leia mais
* Logísticas para bem governar o Brasil
Convenhamos tratar-se de um horizonte muito mais complexo e desafiante do que apenas meras interfaces harmoniosas entre as atividades urbanas e portuárias. Ou seja, é abordar esse clássico debate da Association Internationale Ville et Ports sob a ótica de um telescópio, sobre uma cidade-estado cujo porto é uma referência mundial. Nesse contexto são destacas as três dimensões físicas óbvias de conectividade de Cingapura com o mundo - vias aérea, terrestre e marítima.
Leia também
* Ministro vai tratar o caos do Porto de Santos
Com sabedoria oriental, Chan prescreve a receita do êxito: “À medida que a indústria naval redesenha seus modelos de negócios para o século 21, Cingapura também deve repensar nossa estratégia marítima. Nosso status contínuo como um porto concentrador (hub) global e centro marítimo internacional dependerá de quão bem podemos navegar os desafios e oportunidades que vêm à tona com essas forças motrizes.”
Leia ainda
* Porto de Santos rumo a 2050
Enquanto isso, a política portuária do Brasil patina com dificuldade para sobreviver em uma atmosfera econômica mundial densa, porque se estreita na visão das suas práticas. No mais importante porto do Hemisfério Sul, o Porto de Santos, os desafios são querelas comunitárias e propostas de soluções para negócios de curto prazo e superados. Faz-se urgente o ministro Tarcísio Gomes de Freitas assumir o comando dos portos brasileiros com perspectivas de atingir com sucesso as marcas dos portos asiáticos. Os importadores e exportadores estarão juntos.