O jornalista Maurício Dias, em sua coluna no semanário CartaCapital, não tem dúvida: "Atropelaram Temer." Ele se refere ao movimento dos caminhoneiros, que ainda repercute na vida de brasileiras e brasileiros. Para ele, Temer é "covarde demais" para enfrentar uma situação de tal envergadura que paralisou o País, de Norte e Sul, por 11 dias.
Para jornalista, Temer foi atropelado por greve dos caminhoneiros - Foto: Evaristo Sá/Agência Brasil
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Para o especialista em finanças corporativas e sócio-fundador da Tiex, Fábio Yamamoto, "os 11 dias de greve dos caminhoneiros impactaram de forma negativa os mais diversos segmentos empresariais do pPís. De acordo com ele, a estimativa é que o prejuízo financeiro das empresas chegue à casa dos bilhões de reais.
Para o setor de comércio e serviços, Yamamoto ressalta que, apesar de relevantes, não serão suficientes para ocasionar a falência de empresas do segmento. "A tendência é que elas tenham uma recuperação e retomada de atividades mais rápidas", diz.
Segundo o especialista, as pequenas empresas, especialmente as que trabalham com alimentos perecíveis, serão as mais afetadas. "Já temos informações de empresas que perderam valores significativos em mercadorias, o que pode afetar seu fluxo de caixa de forma irrecuperável", ressalta. Yamamoto relata que os produtores de ovos, por exemplo, ficaram sem toda a sua matriz produtiva. "Uma galinha pode levar em média 20 semanas (cinco meses) para atingir a idade produtiva. A perda dos animais significa que o criador ficará todo este tempo sem receita, o que para o pequeno produtor pode significar falência", observa o especialista.
Caso consigam sobreviver à perda de uma safra ou de uma geração inteira de animais, os pequenos produtores agrícolas e de animais de corte deverão gerar resultados apenas no próximo ciclo de colheita ou abate. A recuperação plena pode ser ainda mais longa, pois este ciclo pode não cobrir todo o prejuízo gerado. "As empresas terão que reajustar seus gastos, e administrar os impactos negativos, como por exemplo, redução no número do quadro de funcionários, entre outras medidas drásticas", conclui.
Tudo isso cairá em cima das costas de quem? Alguém sabe a resposta?