Quantas vezes você já ouviu, em um discurso de posse ou em uma entrevista, promessas de administrar/gerir (um órgão ou empresa pública) “como se fosse uma empresa privada”? Lógico: com suas virtudes... apenas!
Desânimos e frustrações, tempos depois, são majoritariamente atribuídos à burocracia e ao corporativismo... na linha do “tentar, tentei; mas assim não dá!”. Ou seja: a culpa é sempre do outro. Sempre razões exógenas!
Qualidade, eficiência, ética, satisfação do cliente... “boas práticas” e resultados, enfim, são desejáveis tanto na administração privada quanto na pública. Mas o que nem sempre está claro é que os contextos de funcionamento de suas organizações são bastante distintos. Em grande medida, genética e inexoravelmente distintos!
Aspecto | Gestão Pública | Gestão Privada |
Direito | Público | Privado |
Regra Geral | Só Fazer o Permitido | Não Fazer o proibido |
Ênfase Gerencial | Instrumental / Processual | Finalística / Resultados |
Ênfase Econômica | Macroeconomia (orçamentos; verbas) | Microeconomia (contabilidade; custos; preços) |
Postura (Cliente / Empregado) | Isonomia | Customização ("tratar diferentemente os desiguais") |
Instrumento Corretivo | Punição / Ostracismo | Premiação / Punição |
Visibilidade dos Atos | Publicidade | "o segredo é a alma do negócio" |
O reconhecimento dessas diferenças é o ponto de partida para processos de transformação bem sucedidos; principalmente quando o público e o privado participam da produção/gestão de um bem ou serviço (portos, p.ex). E, a partir daí, fixado objetivos, o estabelecimento de modelo (de processo decisório e/ou processo produtivo) mais adequado para atingí-los.
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