Dando continuidade à série de artigos sobre geoengenharia, será apresentada essa semana a proposta defendida pelo Dr. Hugh Hunt, da Universidade de Cambridge: o balão semeador.
O balão semeador é uma técnica baseada em um balão acoplado em uma embarcação a 20 km de altura liberando partículas de uma “substância candidata” (ácido sulfúrico, sal marinho, outros sais, minerais e óxidos metálicos) ainda não definida, pois levará em consideração a eficiência de dispersão, efeito estufa, reatividade química, tempo de vida, custo de fabricação, impacto na saúde, etc. Um exemplo ilustrativo pode ver visto na figura abaixo.
Figura 01 – tecnologia de balões semeadores
A tecnologia de balões semeadores poderia reproduzir o mesmo tipo de efeito de resfriamento global, ocorrido em uma grande erupção vulcânica, como o Monte Pinatubo, nas Filipinas, em junho de 1991 (mas sem qualquer interrupção a partir de lava quente, cinza ou fumaça). Nos dois anos após a erupção, a Terra esfriou, em média, cerca de meio grau centígrado.
A proposta de balão semeador segue a mesma linha das demais técnicas de geoengenharia apresentada anteriormente, sendo também uma ação mitigatória, pois somente ameniza o problema. Sempre é bom lembrar que ações que diminuam a liberação de CO2 na atmosfera são mais relevantes e devem ser cultivadas.
Referencias
http://www2.eng.cam.ac.uk/~hemh/climate/Geoengineering_RoySoc.htm
http://www.nerc.ac.uk/press/releases/2011/22-spice.asp
http://geo-engineering.blogspot.com/2011/09/geoengineering-field-testing.html
http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=uk-researchers-to-test-artificial-volcano-for-geoengineering-the-climate