Quarta, 14 Mai 2025

O mercado de hostels vem registrando crescimento acima da média nos últimos dois anos. A modalidade, que nasceu como alternativa econômica de hospedagem, hoje exige mais que apenas um lugar para dormir: o conforto é ingrediente fundamental para o sucesso do negócio.

Criar um ambiente que transmita acolhimento, limpeza e bem-estar é o ponto de partida para quem planeja investir nesse segmento. Não por acaso, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) destaca esses elementos como diferenciais para atrair um público cada vez mais exigente.

“O custo para montar esse tipo de negócio é atrativo, já que montar um hostel não requer muito investimento, pois inicialmente a infraestrutura não requer grandes investimentos com mudanças ou reformas, basta oferecer um ambiente acolhedor, limpo e confortável”, aponta o HQBeds. Essa característica pode representar oportunidade para investidores que estão considerando comprar imóveis em leilão em Sergipe – cidade em alta nesse setor – e adaptá-los para este modelo de negócio.

Ambientes funcionais elevam padrão de hospedagem econômica

“Antigamente, só existiam os albergues que eram focados para os viajantes dormirem, que tinham mais aquela cara de pensão de rodoviária”, relata o agente de viagens Waldes Oliveira. Já o formato atual responde às expectativas de um público diversificado, desde mochileiros tradicionais até viajantes que buscam experiências compartilhadas sem abrir mão de certo conforto.

O Sebrae recomenda uma estrutura mínima de 300 m² para um hostel básico, contemplando seis quartos coletivos, dois privativos, banheiros coletivos com três chuveiros, área de serviço, cozinha com copa, sala de TV e espaço para jogos. Na distribuição dos ambientes, a circulação dos hóspedes deve ser prioritária. “A posição dos móveis deve ser pensada para facilitar a circulação dos hóspedes”, enfatiza o Sebrae, que sugere ainda elaborar uma lista de prioridades para tornar o espaço agradável sem perder funcionalidade.

Acesso facilitado determina sucesso do empreendimento

A escolha do ponto comercial pode definir o destino do empreendimento. O perfil do público de hostels valoriza mobilidade e experiência urbana, como destaca a HQBeds: “O público de hostel é mais descolado, prefere economizar em transporte, utiliza transporte coletivo, caminha muito pela cidade e gosta de uma boa noitada.”

A acessibilidade é um fator decisivo. “É importante que o local escolhido seja de fácil acesso para os hóspedes, além de ser Google e com uma boa visibilidade”, reforça o Sebrae. Para empreendedores com interesse na Região Nordeste, uma alternativa é investigar o potencial de imóveis disponíveis em leilão de imóveis em Fortaleza, polo turístico com demanda constante por hospedagem alternativa.

Fator humano faz a diferença

O atendimento constitui um capítulo à parte na gestão de hostels. Mais que eficiência operacional, a hospitalidade conquistou status de diferencial competitivo no setor.

A equipe deve ser formada por profissionais atenciosos e atentos às necessidades dos hóspedes. Na prática, a função do recepcionista extrapola a burocracia de check-in e check-out. Segundo a HQBeds, o funcionário precisa “controlar e lançar as despesas na conta de cada conta, oferecer atendimento durante a estadia e fazer o acerto de contas no check-out”.

A governança é um departamento que tende a ser subestimado. No entanto, é capaz de determinar a percepção final do hóspede sobre o estabelecimento. “Por mais que o hóspede passe somente uma noite no hostel, ele sentirá a diferença de um bom trabalho realizado pela área de governança”, alerta a HQBeds, acrescentando que “um mau trabalho pode marcá-lo negativamente para sempre”.

Tecnologia otimiza operações

Tudo indica que o tempo das planilhas e dos caderninhos na gestão de hospedagem ficaram para trás. Mesmo em operações menores, sistemas informatizados tornaram-se indispensáveis, como explica a HQBeds: “os softwares de gerenciamento hoteleiro, ou PMS (property management system) se tornaram requisito básico em qualquer operação, porque trazem eficiência, segurança e agilidade no atendimento.”

O Sebrae complementa essa visão ao recomendar a adoção de plataformas digitais, como o Airbnb, para ampliar o alcance do negócio e facilitar reservas.

A presença digital deixou de ser opcional para tornar-se imperativa no setor. O Sebrae orienta: “Faça com que o seu Hostel tenha presença digital alcançando um público jovem através de perfis atrativos nas redes sociais e publicações diárias.”

Conhecer a fundo o perfil médio do hóspede em potencial também permite direcionar esforços de marketing. A HQBeds traça um panorama: “O público de hostels, em geral, é composto por turistas nacionais e internacionais, mochileiros, jovens executivos com orçamentos limitados e estudantes.”

A sustentabilidade também ganhou relevância como diferencial. “Os consumidores atuais estão cada vez mais conscientes do impacto que o consumo humano causa no meio ambiente”, observa o Sebrae, recomendando atenção às tendências que valorizam responsabilidade socioambiental.

 

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