Transporte / Logística

Lael de Azevedo nasceu em Santos no distante ano de 1931, na Rua Prof. Torres Homem. Casou em 1963, 17 anos após começar a trabalhar no cais de Santos como estivador. “Comecei junto com muitos que fundaram o Sindicato dos Estivadores, uma honra incomparável”, segundo as palavras do próprio Lael. Acompanhe a seguir uma entrevista com este personagem que atuou por 56 anos no Porto de Santos e hoje organiza a Campanha Cívica dos Estivadores, arrecadando brinquedos para crianças carentes no Natal.

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PortoGente tem noticiado, com pesar, a sistemática situação de risco dos trabalhadores portuários, com freqüentes ocorrências fatais. As apurações feitas a cada morte não têm resultado em maior segurança para os trabalhadores. Você teria propostas para solução desse grave problema?
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Psicólogo, professor universitário e pesquisador da USP. Mesmo com todas essas funções, Hélio Alves, aos 55 anos, ainda arruma tempo na semana para dar atenção à família e a pintura, sua mais recente paixão. Em uma exposição realizada na UniSantos, seus quadros chamaram a atenção do público que compareceu ao local por abordarem, entre outros temas, a rotina do Porto de Santos. Em entrevista ao PortoGente, Hélio conta que não sabe ao certo quantos quadros já produziu nos últimos três anos. “Eu pintava algumas telas para amigos meus, por isso hoje não sei quanto produzi. Mas valeu a pena, me divirto e sou feliz assim”.

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Ao andar por algumas ruas de Santos, percebe-se que ainda faltam alguns passos para que se tenha uma verdadeira integração entre porto e cidade, uma expressão que se tornou chavão e sinônimo de harmonia entre as operações no cais e a população. PortoGente mostra nas próximas linhas e em várias fotos que, em alguns casos, chega a ser perigoso integrar a rotina do porto em áreas urbanas.

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Para o ponta-de-lança Júlio César Oliveira de Moraes, de 47 anos, fazer o gol do título no Campeonato de Futebol dos Estivadores, em Santos, foi o melhor presente de 2006. Jogando pela turma 12, no time do Barcelona do Cais, o portuário é um exemplo do quanto o Porto de Santos é importante para tantos santistas. Em entrevista ao PortoGente, Júlio conta que jogou futebol profissionalmente por 17 anos, mas  realizar esse sonho só foi possível por ele ser um trabalhador portuário avulso. “Quando eu ficava dois, três meses sem jogar, era o dinheiro do porto que sustentava minha casa. Devo muito ao cais de Santos, até hoje”.

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