Sábado, 23 Novembro 2024

Opinião

Presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC)

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Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo (Sinproquim), vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e diretor-titular do Departamento de Meio Ambiente (DMA) da entidade

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J. Carlos de Assis - Economista, doutor pela Coppe/UFRJ, autor de mais de 20 livros sobre economia política brasileira; Paulo César Lima - Ex-engenheiro da Petrobrás, atual assessor legislativo do Congresso Nacional e Fernando Siqueira - Engenheiro aposentado da Petrobrás, vice-presidente da AEPET e diretor do CREA-RJ

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Apenas os brasileiros com sua criatividade irresponsável sabem inventar a crise crônica e a conjuntura de um dia só, pontuando uma semana de vários dias D.

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Quando temos mercado aquecido ou demanda forte, treinamento se torna palavra de ordem, embora normalmente seja uma prática tardia porque se perde a oportunidade de estar na frente já nesse momento de alta. Da mesma forma, em períodos de retração econômica, as empresas buscam rapidamente se adequar à realidade, orientadas logicamente por questões financeiras. A preocupação primeira é a sobrevivência, o que não deixa de ser compreensível. Essa não é uma característica exclusiva da indústria brasileira, mas fato é que muitos casos de sucesso são justamente de empresas que souberam melhor aproveitar os momentos de instabilidade, como esse que vivemos agora. Em outras palavras, as crises são períodos de grande dificuldade, sim, mas também são um mar de oportunidades para se reorganizar, pensar diferente e criar coisas novas. São dois os principais fatores para investir na capacitação das equipes. Um deles é a disponibilidade de tempo. Com demandas mais baixas, há tendência natural de ociosidade da mão de obra. Em vez de conceder licenças remuneradas ou férias coletivas, entre outros artifícios para compensar o excesso de pessoal, uma alternativa é aproveitar as horas disponíveis para reforçar o conhecimento.Como forma de capacitar sem onerar demais o caixa, boa parte das empresas já pratica o chamado treinamento on the job. Usa conhecimentos próprios para multiplicar o saber. Outra possibilidade é conciliar a demanda real com o que se oferece no mercado. Com uma pesquisa mais apurada e um planejamento mais antecipado, provavelmente surgirão boas oportunidades. Neste sentido, o próprio IQA oferece uma gama de cursos para qualidade, inclusive data extra conforme a necessidade do cliente. Outro aspecto, agora técnico, é a necessidade de revisar os processos produtivos e operacionais, o que também requer treinamentos, para que as pessoas estejam melhor preparadas para vencer as dificuldades de agora e crescer quando houver a retomada. Importante lembrar que normalmente temos retomadas com aumento de capacidade, mas precisamos voltar a crescer com ganhos de produtividade. Para isso, devemos agir agora. O conhecimento é a base da inovação. Quanto mais conhecimento houver, mais possibilidades de explorar estudos e pesquisas que vão gerar a inovação adequada. Obviamente, a inovação não está amarrada somente ao conhecimento, que ainda precisa estar alinhado com a inspiração, o faro para o novo, a percepção do que é importante.É na verdadeira necessidade que se tende a realmente crescer em criatividade e buscar o novo. Com o uso de treinamentos, o tempo de resposta à situação de crise e mudança se torna muito mais rápida e menos conturbada. Mas para gerar resultados, é fundamental que a capacitação tenha objetivos estratégicos claros e esteja vinculada com os planejamentos das empresas. Com treinamento, a motivação das equipes também é outra porque normalmente, em momentos de instabilidade, a motivação cai em razão do clima de insegurança, o que bloqueia as novas ideias. Capacitar as pessoas gera credibilidade e confiança e, por consequência, motivação diferenciada para se buscar algo melhor e estar preparado. Avalia-se muito o custo da qualidade quando se deveria analisar o custo da não qualidade para saber o quanto se precisa investir para ter melhor resultado. Para os treinamentos, o ideal mesmo seria um planejamento constante porque se a capacitação estiver incorporada na organização como fato rotineiro contará com maior facilidade para a obtenção de recursos e independerá do momento de crise.

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*Todo o conteúdo contido neste artigo é de responsabilidade de seu autor, não passa por filtros e não reflete necessariamente a posição editorial do Portogente.

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