Deveria ser encarado com indignação e repulsa pela comunidade portuária nacional o fato de as principais autoridades envolvidas nos escândalos de favorecimento empresarial apurados pela Operação Porto Seguro, que vieram à tona há um ano, no final de 2012, continuarem "navegando" por cargos de importância na esfera federal. No entanto, esses sentimentos têm sido sufocados pela impunidade vigente no Brasil. São pouquíssimos os que foram punidos pelo mar de corrupção que toma conta do País - e que apesar de acusações ao governo atual acontece há muitas décadas, e só cresce.
O Ministério da Pesca e Aquicultura divulgou nota oficial para explicar a interdição do Salão de Desembarque de pescado do Terminal Pesqueiro Público de Santos, no litoral de São Paulo.
O governo federal pretende entre janeiro e fevereiro de 2014 levar a leilão as 11 instalações portuárias previstas para arrendamento no Porto de Santos. Com isso, procura cumprir, em caráter de urgência, o que estabelece a Lei nº 12.815/13, a nova Lei dos Portos. Para tanto, já está de posse de estudos de viabilidade econômica e técnica, além de outras análises que incluem os impactos ambientais que podem advir da entrada em operação desses empreendimentos. Se tudo vai se dar como o governo planeja é que não se sabe.
Como reverter a triste situação nacional onde a sociedade tem menos direitos do que as empresas? Como criar um sistema tal para que brasileiros e brasileiras não se sintam desprotegidos e sejam respeitados como merecem?