A pista da Base Aérea de Santos, que fica em Guarujá, tinha condições operacionais seguras para ser liberada ao pouso da aeronave na qual viajava Eduardo Campos? A estrutura de pouso da pista é adequada para situações climáticas de chuva e neblina como daquela fatídica manhã?
As condições de aterrissagem, em relação à visibilidade, mostradas na Folha de São Paulo, comparadas com os requisitos do Cessna 560 XL, são satisfatórias. Entretanto, o coeficiente de segurança teria aumentado se a pista tivesse sido fechada para pouso e o piloto tivesse se dirigido para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a 20 minutos de voô da Base Aérea de Santos. Seria acrescida uma hora de viagem de carro para retornar à Guarujá. Campos teria cumprido, provavelmente sem atraso, a sua agenda na Baixada Santista.
Aeroporto de Guarujá, nessa Base Aérea, é um tema recorrente há mais de 30 anos. Tantos são os argumentos e condições para homologar aquela base militar como aeroporto civil. No entanto, são permitidos pousos de algumas aeronaves civis em situações excepcionais. Trata-se de um aeródromo encravado entre serras e em local de alto índice pluviométrico e de neblina.
A FAB pode responder sobre a decisão de permitir que o Cessna de prefixo PR-AFA, transportando Eduardo Campos no dia 13 último, pousasse em sua base militar. As estatísticas mostram que a grande maioria dos acidentes aéreos ocorrem por falhas humanas.