Quem quer faz, diz um velho e bom ditado. É esse o espírito que vem envolvendo dirigentes sindicais que integram a Intersindical da Orla Portuária do Espírito Santo (ES). Eles estão buscando formas de desenvolver o porto capixaba para movimentar a economia daquele estado, o que significa, numa boa visão sindicalista que deve ser seguida, geração de riquezas com geração de empregos de qualidade. Nessa cruzada, eles não medem esforços. Falam com quem for necessário. Foi o que fizeram nesta quarta-feira (29), quando passaram o dia em Brasília.
A queda do avião da TAM acabou levantando uma discussão muito séria. Ou melhor, acabou colocando em xeque o papel das agências reguladoras. Pena que tenha sido de forma tão trágica. Nesta quinta-feira (16), a diretora Denise Maria Ayres de Abreu, da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), tentou explicar, na CPI da Crise do Sistema de Tráfego Aéreo, Câmara dos Deputados, porque viajou de graça 35 vezes em aviões da GOL.
A questão da segurança no trabalho no Porto de Santos deu uma “sumida” no cais santista. Como está o trabalho da comissão formada especialmente para isso? Os primeiros procedimentos definidos, aliás básicos e que já deveriam existir desde sempre, como banheiros e vestiários, promover cursos de qualificação e treinamento adequado, fornecimento de EPI´s, adequação dos equipamentos de proteção individual para os serviços portuários, já estão em andamento?
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, está com o discurso de qualificação profissional na ponta da língua. Em recente passagem em Santos, para o lançamento da segunda fase do Consórcio Porto da Juventude, na segunda-feira (30), Lupi repetiu o discurso, mas desta vez adequando ao local. A qualificação do trabalhador portuário se transformou em item fundamental para uma “sociedade moderna e um porto organizado”, nas palavras do próprio. O que concordamos, é claro. Afinal, qualificação profissional deve significar melhores empregos, melhor remuneração, respeito e segurança no trabalho. O pacote deve vir completo, afinal não adianta qualificação sem emprego.
Acredite se quiser: neste sábado, aconteceu a sexta morte de um trabalhador portuário no Porto de Santos em 2007. Trata-se de Wilson Rodrigues dos Santos, de 38 anos, estivador que estava a bordo do navio Yu Gu He, de bandeira panamenha. Por volta das 16h30, ele foi esmagado por um contêiner e engrossou a lista de tragédias no cais santista. A penúltima delas tinha acontecido em 1º de junho, quando Rubens da Silva Ruas sofreu um acidente no Terminal Marítimo de Guarujá (Termag).