A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) finge que não vê e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) faz de conta que não é com ela as irregularidades na obra da cobertura do terminal de açúcar do terminal da Cosan no Porto de Santos. A tolerância oficial ao impacto ambiental e à agressão à saúde do trabalhador não tem explicação tampouco para por aí.
Nesta quinta-feira (21/03), trabalhadores portuários e lideranças sindicais se reuniram (foto acima) com o líder do governo no Senado e relator da Medida Provisória 595/2012, a MP dos Portos, Eduardo Braga (PMDB-AM), discutiram a situação do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) e chegaram a um acordo. Diante do novo cenário, os portuários avisaram que a greve programada para o dia 25 próximo não ocorrerá mais.
As obras de revitalização do Porto Maravilha, na zona portuária do Rio de Janeiro, estão paralisadas desde o dia 13 último. Isso porque os quase 3.500 trabalhadores estão em greve. Audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), nesta segunda-feira (18/03), terminou sem acordo entre o sindicato da categoria e o Consórcio Porto Novo, responsável pela reforma.
Para o diretor comercial da Câmara de Comércio Brasil-Panamá, Saulo Farias Júnior, não há dúvidas de que o cenário econômico do país da América Central e a expansão do Canal do Panamá, cuja conclusão está prevista para 2015, vão ampliar ainda mais o número de oportunidades para os brasileiros. Por isso, aconselha “o que digo para os empresários é: vão conhecer o Panamá de perto.”
A audiência, nesta terça-feira (12/03), na comissão mista do Congresso que analisa a Medida Provisória (MP) 595/2012, se transformou num “muro de lamentação” do empresariado nacional. Todos apresentaram suas queixas em relação à logística e aos portos nacionais. O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, coordenador da entidade Ação Empresarial, diz que o País precisa de custos competitivos, serviços de qualidade, terminais portuários modernos e sistemas de escala de atracação bem organizados, e que estamos atrasados pelo menos R$ 300 bilhões em investimentos em infraestrutura.