Domingo, 28 Abril 2024

Dia a Dia

Informação do Relatório Reservado (RR) especula que a presidente Dilma Rousseff deverá criar um grupo de acompanhamento da indústria automobilística com o objetivo de planejar o desenvolvimento do setor e promover mudanças estratégicas já a partir de 2015. A medida, informa RR, vem sendo acalentada no Palácio do Planalto desde março deste ano, portanto muito antes do início da campanha eleitoral. A coordenação dos debates internos sobre o projeto está a cargo do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que, por sinal, demonstra não se sentir muito à vontade com a missão. Mercadante é uma espécie de Deus e Diabo na terra das montadoras. Se, por um lado, considera que é inevitável intervir no setor automotivo, por outro tem ligações históricas com o setor - o PT nasceu nos parques das montadoras. A nomenclatura adotada pelo governo é propositalmente dúbia. Não se trata apenas de um grupo para acompanhar o desempenho da indústria automobilística, mas também para adequar a produção às necessidades de um novo modelo de mobilidade urbana. As montadoras estão cuspindo muito mais carros nas cidades do que o crescimento das taxas demográficas. Automóveis, que já foram sinônimo de solução, tornaram- se eufemismo de problema, seja pelo efeito nocivo sobre a circulação nos grandes centros, seja pelo seu elevado impacto ambiental. Ao mesmo tempo, a indústria automobilística tem contribuído menos na arrecadação de tributos. Talvez seja o setor com maior poder de chantagem fiscal sobre os governos. Ano sim, outro também, arranca uma desoneração por motivos igualmente invariáveis: elevação do custo de financiamento, aumento excessivo da folha de salário, mudanças drásticas do câmbio. Só que as montadoras são favorecidas por uma redistribuição de renda perversa. Nadam em subsídios e incentivos doados pelo Tesouro. Se, por um lado, a indústria automobilística economiza em tributos, por outro exporta mais capital. É um dos segmentos que realiza a maior repatriação de lucro entre as empresas estrangeiras. No ano passado, as fabricantes de automóveis instaladas no país remeteram à matriz cerca de US$ 3,3 bilhões. No entanto, nem tudo são espinhos. O setor é intensivo em mão de obra - entre vagas diretas e indiretas, soma mais de 1,5 milhão de postos de trabalho -, emprega pessoal especializado, ou seja, com remuneração salarial mais alta, está entre os segmentos com maior coeficiente de inovação e tem um papel razoável na pauta de exportações brasileiras, além de responder por algo em torno de 18% do PIB industrial. Ressalte-se ainda que o segmento fez uma espécie de ocupação geoeconômica. Em algumas localidades do país, fábricas de automóveis são o próprio município em que estão. Em razão das tantas variáveis positivas e negativas que pesam na balança, a indústria automobilística tem um pé no paraíso e outro no inferno. Esta ambígua combinação torna ainda mais complexo qualquer movimento de reorientação do setor. Dobrar o lobby das montadoras é uma tarefa nuclear. Mas Dilma Rousseff está convencida de que é necessário confrontar o segmento e caminhar progressivamente para outras soluções de transporte. O governo não vai se furtar a apoiar essa transição. De antemão, até que alguma decisão seja tomada, pode se esperar que o oligopólio das quatro rodas se dirija em carreata para Brasília com a faca entre os dentes.

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O coordenador de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM), Reginaldo Gonçalves, alerta para a trajetória descendente da Produção Industrial Mensal (PIM) e o resultado ruim da balança comercial que demonstram a perda de competividade da indústria nacional compromete, inclusive, a atuação no mercado doméstico.

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Há quem diga que a nova Lei dos Portos (12.815/2013) acabou com a voz dos usuários, gerando, todavia, um efeito contrário. Segundo André de Seixas, também colunista Portogente, afirma que, em todo o país, estão sendo criados novos conselhos com esse fim, o do Rio de Janeiro é coordenado pelo próprio. Seixas indica que, no Rio, o conselho já questionou as tarifas dos terminais, a sujeira no Porto do Rio, o uso de cobrança em excesso de uma taxa de capatazia (THC) e ainda pediu que o governo, como nos Estados Unidos e Europa, regulamente a operação de armadores estrangeiros. "Quando se vê um navio com as cores da França ou da Alemanha, a embarcação, em geral, é de uma empresa da frágil Libéria ou do Panamá." A Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), afirma, precisa controlar essa situação.

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Quem leu na década de1960 o livro "1984", cuja figura principal é o famoso Big Brother, com certeza se empolgou com as, então inimagináveis e fantasiosas, tecnologias de espionagem criadas por seu autor, o fantástico cronista inglês George Orwell. Passado mais de meio século dessa leitura, vivemos uma sociedade rastreadora em que as instituições vasculham, indiscriminadamente, e armazenam dados de pessoas de um modo sem precedente e que torna ultrapassada a realidade criada por Orwell.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, nesta quarta-feira (29/10), elevar a taxa Selic para 11,25% ao ano. Foi a primeira elevação desde abril deste ano. O mercado apostava na manutenção da taxa em 11%. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, esse aumento não ajuda a controlar a inflação e freia o crescimento. “Para levar a inflação a níveis mais baixos é preciso urgentemente diminuir o custo de se produzir no Brasil e incentivar investimentos que aumentem a oferta e a concorrência”, é a sua opinião.

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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