Há quem diga que a nova Lei dos Portos (12.815/2013) acabou com a voz dos usuários, gerando, todavia, um efeito contrário. Segundo André de Seixas, também colunista Portogente, afirma que, em todo o país, estão sendo criados novos conselhos com esse fim, o do Rio de Janeiro é coordenado pelo próprio. Seixas indica que, no Rio, o conselho já questionou as tarifas dos terminais, a sujeira no Porto do Rio, o uso de cobrança em excesso de uma taxa de capatazia (THC) e ainda pediu que o governo, como nos Estados Unidos e Europa, regulamente a operação de armadores estrangeiros. "Quando se vê um navio com as cores da França ou da Alemanha, a embarcação, em geral, é de uma empresa da frágil Libéria ou do Panamá." A Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), afirma, precisa controlar essa situação.
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Seixas constata nova obviedade: "Se o Porto Maravilha é uma jóia para o Rio, o bairro do Caju está virando um pandemônio, em “completo abandono”. É o porto pesadelo”, observa, ao constatar ruas esburacadas, trânsito caótico, mais ou menos vigiado por agentes das próprias empresas da região “para evitar colapso total”.
E finaliza sua crítica: "Embora lá haja entrada para o porto, unidade da Petrobras, dois estaleiros – Inhaúma e ex-Caneco – e dezenas de empresas, persistem carcaças nas ruas, lixo e estacionamento de carretas. E, quando chove, a região alaga. A Prefeitura do Rio não deveria ver o alerta como crítica, mas como oportunidade para melhorar uma situação, atenuar o caos do Caju."