Contrariando o velho refrão atribuido a Karl Marx que a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa, a história da tragédia do dirigível Zeppelin retorna como um aprimoramento de alta tecnologia. Agora o conceito de dirigível mais leve do que o ar, vai possibilitar quem quiser pilotar sua própria aeronave, e tiver saldo bancário robusto, cruzar os ares de 2018, em uma viagem espetacular.
No dia 23 de junho último, a Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP) participou de audiência pública na Comissão de Viação e Transportes da Câmara, em Brasília, a respeito da situação atual do setor portuário. A pauta girou em torno dos principais gargalos e limitações que tornam os portos menos eficientes nas operações de embarque/desembarque em comparação à agilidade do fluxo de cargas observada nos grandes terminais internacionais.
O embaixador Marcos Azambuja, em evento com a presença do ministro Edinho Araújo, da Secretaria de Portos (SEP), em São Paulo, citou o exemplo exitoso da Holanda – país da Europa ocidental – para mostrar que o setor portuário brasileiro precisa ser visto com muita atenção e planejamento. “A Holanda deve sua prosperidade, desde o século XVII, ao porto de Amsterdã e, atualmente, ao de Roterdã.”
A previsão de investimento de R$ 69,2 bilhões em transporte deve impulsionar em 0,5% o crescimento da economia brasileira até o ano de 2018. A estimativa é do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, após o lançamento da nova etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL). Segundo ele, essa etapa de investimentos acompanhará um modelo bem sucedido de concessões. O ministro informou que as licitações começarão a ser feitas no segundo semestre de 2015.
O consultor de Infraestrutura e Logística, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Luiz Antônio Fayet, em evento recente em São Paulo, afirmou que, mesmo com perdas de até 4 milhões de toneladas de soja e milho, ocorridas no decorrer de 2014, em consequência das deficiências na infraestrutura, que elevam os custos de transporte, tornando insuportáveis para o setor produtivo brasileiro, até 2020 o Brasil ultrapassará os Estados Unidos, tornando-se o maior exportador de alimentos do mundo.