Não adianta ter um porto moderno sem acessos compatíveis. A constatação é do ministro Edinho Araújo, da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), e foi feita em encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no início desta semana. Questionado sobre os gargalos provocados por uma logística fora dos padrões mundiais, ou seja, sem a intermodalidade de ferrovias, rodovias, hidrovias, o titular da SEP lamentou que as hidrovias não estão ligadas à sua pasta, e sim ao Ministério dos Transportes. Lamentou, ainda, o abandono em que se encontram as ferrovias brasileiras. “Tornamos-nos um país rodoviário”, criticou.
A campanha salarial dos portuários de Santos pode ir além da mesa de negociação entre os sindicatos e a diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Já apelidada de “saco de maldades”, a proposta da estatal para a renovação do acordo coletivo de 2015 dos seus funcionários oferece reajuste salarial abaixo da inflação do período, a data-base da categoria é 1º de junho, e ainda querer tirar direitos já constantes de acordos anteriores. Mas não só isso, a diretoria veio com a proposta – ou ameaça – de que contrataria uma auditoria externa para fazer um levantamento minucioso da folha de pagamento.
Interessante o "movimento" do ministro dos Portos, Edinho Araújo, pós-divulgação da segunda etapa do programa de concessões do governo Dilma: ele comparecerá em evento exclusivo promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira (15/6), para apresentar o programa de investimentos logísticos na área portuária. Uma importância sem igual à maior entidade industrial do País. Nada até mais natural já que as primeiras concessões, que se darão já neste ano, estarão na área do maior porto da América Latina, o Porto de Santos. O cronograma é que sejam licitados à iniciativa privada nove terminais em Santos, com os editais a serem divulgados até o final de junho. É bom sempre lembrar que a licitação vai ocorrer após uma longa discussão jurídica entre o governo e o Tribunal de Contas da União (TCU).
Deu no site da CNN que Ray Kurzweil, diretor de engenharia da Google, falou na Conferência Exponencial de Finanças, em Nova Iorque, no dia 10 de junho último, que, no futuro, os seres humanos irão ser artificialmente inteligente. Convenhamos que se analisarmos os sete tipos de inteligência definidos por Howard Gardner, olhando para o passado e comparando ao arsenal tecnológico disponível hoje para memorizar informações e elaborar lógicas no processo de decisões, a previsão de Kutzweil parece de pouco impacto.
A presidente Dilma Rousseff parece que conseguiu, pelo menos por enquanto, o apoio positivo do setor industrial do País com o anúncio da segunda etapa do programa de concessões, que prevê investimentos da ordem dos R$ 198, 4 bilhões. Várias federações de indústrias soltaram nota se manifestando favorável às medidas. O presidente da mais poderosa delas, Paulo Skaf, receberá, em São Paulo, o ministro Edinho Araújo (Portos), na próxima segunda-feira (15), onde terá mais informações sobre o programa com relação à infraestrutura que envolve os portos. O presidente do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Jandir Milan, disse que o Estado será contemplado na melhoria da malha viária e ferroviária.