2013 foi pródigo em notícias diferentes para o setor portuário nacional. Foi o ano da discussão, aprovação e sanção do novo marco regulatório dos portos, reunido na Lei 12.815. Estamos em plena corrida para novas concessões de terminais privativos, em espaços que já ganharam a denominação, igual aos poços de petróleo, de blocos. Nesse mar entra de tudo. Peixe espada. Sardinha. Tubarão. Robalos. Alguns dizem que até sereias. Todavia, se algo deve ser destacado numa retrospectiva rápida do que aconteceu de mais importante no setor no ano que chega ao fim, em primeiríssimo lugar e ainda com menção honrosa acumulada, sem dúvida nenhuma, deve ficar com o Grupo Libra, com a atuação para lá de especial da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Nos últimos suspiros de 2013, o senador Roberto Requião, em seu Twitter, faz “rolezinho” geral, e não poupa ninguém, ou quase ninguém. De cara, ao responder uma seguidora para que ela não seja ingênua, ele nos ensina que o Congresso Nacional, em sua maioria, é financiado por empresas beneficiárias das concessões [de serviços públicos]. E até brinca colocando o que seria, para ele, a imagem em “close” de um concessionário de serviço público, que reproduzimos a seguir.
Dizem que o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, não quer ver nem trem de brinquedo na frente. Dizem, também, que uma mentira contada várias vezes pode se transformar em verdade. Por isso, para tentar se desviar do “trensalão” – apelido “carinhoso” que o escândalo envolvendo as administrações do PSDB à frente do governo paulista e licitações de trem do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ganhou nas redes sociais –, o governador contratou não apenas uma, mas logo três agências de publicidade para a hercúlea missão de mostrar o que não é.
Chegou às redes sociais a polêmica envolvendo o novo chefe da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) do Rio Grande do Sul. Arlindo Bonete foi indicação do Partido da República (PR), que expediu convite para seus correligionários para a posse do “Coronel Bonete” no dia 18 último.
Quanto mais se tem, mais se quer, diz o ditado popular. Ele cai como uma luva em fatos que envolvem o grupo Libra Terminais. Além de uma dívida com o Porto de Santos que, parece, estar sendo escrita no gelo, a operadora portuária quer mais. Solicitou ao governo federal, segundo notícias veiculadas na imprensa, a antecipação da renovação de três terminais arrendados – cujos contratos findam entre 2015 e 2020 – no complexo portuário santista, o T-33, o T-35 e o T-37. Acompanhe neste link a situação dos contratos portuários no país.