A demanda brasileira vai triplicar até 2050, chegando a 1.624 terawatt-hora (Twh), segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Neste cenário, a energia eólica terá papel importante na geração futura de energia no País: o Brasil é um dos países com maior potencial para esta fonte de energia. Além disso, a energia gerada pelos ventos está cada vez mais competitiva. O seu custo de produção é baixo e, como fonte limpa e renovável, evita o aquecimento global.
Com apoio do Governo Federal, está sendo construído no Rio Grande do Sul o maior complexo de energia eólica da América Latina, que vai gerar mais de 550 megawatts (MW) de energia, o suficiente para abastecer uma cidade com 3,4 milhões habitantes. São três grandes parques eólicos em obras – dois deles contam com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2): o Parque Eólico Geribatu (em Santa Vitória do Palmar) e o de Chuí (em Chuí, extremo sul do País). O terceiro é o de Hermenegildo, também em Santa Vitória do Palmar.
Toda a energia produzida pelas eólicas do Rio Grande do Sul será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por uma linha de transmissão de 500 quilômetros de extensão. A linha está sendo construída entre Santa Vitória do Palmar e Nova Santa Rita.
Hoje, a energia dos ventos é responsável por apenas 2,2% do total fornecido pelo parque gerador elétrico brasileiro. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aponta que as usinas eólicas em operação no país geraram 1,3 GW em junho deste ano, 141% a mais do que no mesmo mês de 2013 (539 MW – que equivalia a 0,9% do total).