Em artigo publicado no site Portogente, o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, tece uma crítica contundente aos que dizem que o modelo da Zona Franca de Manaus (ZFM) não traz benefícios ao País, tanto para a sua economia como para a sociedade. O empresário é taxativo: ”O modelo Zona Franca de Manaus, açoitado por uma crise que decorre da omissão de responsabilidades federais no que se refere ao provimento de infraestrutura, que solapou historicamente sua competitividade, comparece com 50% dos impostos recolhidos pela União na Região Norte.”
Nesta terça-feira (26/5), a Universidade Católica de Santos, UniSantos, realiza o seminário preparatório do IX Conferência de Engenharia Costeira e Portuária em Países em Desenvolvimento (Pianc/Copedec 2016). Organizado pela Associação Mundial para Infraestrutura do Transporte Aquaviário (Pianc), em conjunto com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que vai ocorrer em outubro de 2016 no Rio de Janeiro, onde já ocorreu também em 1995. Coincidência ou não, acontece no momento em que o governo Dilma sinaliza para a atração de investidores em infraestrutura para o setor.
Em estudo técnico que Portogente publica nesta segunda-feira (25), a Federação Nacional dos Portuários (FNP) defende que a gestão dos canais de acesso aos portos é estratégica e compõe uma atribuição de Estado, exercida por meio das empresas públicas. Para a entidade, a retirada dessa atribuição enfraqueceria ainda mais os portos públicos na concorrência com os portos privados.
O mundo dos robôs que se conhece na ficção científica agora está se tornando realidade. Essa realidade que maravilha, também anuncia uma ameaça ao mercado de trabalho.
O debate sobre o setor portuário vem envolvendo empresários, principalmente, os trabalhadores em menor escala, o próprio governo federal, por intermédio da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), todavia nada se ouve das próprias Autoridades Portuárias sobre qual o modelo de dragagem mais apropriado aos portos nacionais e até mesmo sobre a gestão portuária. Hoje temos 42 portos públicos, entre administrações federais, estaduais e municipais. Em contato com Portogente, a assessoria de imprensa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) disse que não se pronunciará a respeito da dragagem por se tratar de um assunto do Estado do Paraná. Uma pena.