A siderúrgica Usiminas, cuja matriz é em Ipatinga (MG), anunciou, no dia 29 de outubro último, que desativará toda a área de metalurgica primária, o que significa dizer que poderá colocar na rua mais de quatro mil dos atuais nove mil empregados, da sua unidade de Cubatão (SP), ficando apenas com a unidade de laminação e o porto. O anúncio colocou a região da Baixada Santista em alerta máximo. Segundo dirigentes sindicais, a intenção da empresa mineira, desde sua privatização, em 1993, foi ficar apenas com o "filé mignon", ou seja, o porto.
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Em 2011, as federações dos trabalhadores avulsos e portuários (Fenccovib, FNE e FNP) encaminhou ofício à Presidência da República, ao ministro dos portos e ao diretor geral da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), solicitando a inclusão (ou reinclusão) dos terminais da Usiminas e da Ultrafértil na área de porto organizado de Santos.
Com a decisão empresarial, que atende apenas uma estratégia de mercado e do lucro a qualquer custo, o tema voltou à baila e promete chegar à Brasília nos próximos dias. Talvez seja esse um primeiro embate forte do ministro Helder Barbalho.