"Há muito que, no Brasil, governar, praticamente, significa anunciar a destinação de verbas para projetos de obras que, muitas vezes, demoram tanto para sair do papel que a sociedade acaba tomando-os por suspensos ou engavetados. É o caso das obras previstas para a modernização da infraestrutrura viária do Porto de Santos (SP), que seguem a passo de cágado quando iniciadas ou continuam à espera de decisões burocráticas." A precisa radiografia é do presidente da Fiorde Logística Internacional, Milton Lourenço.
Segundo ele, ainda agora a Secretaria de Portos (SEP) acaba de anunciar que o maior porto do País deverá receber aportes públicos e privados da ordem de R$ 5,3 bilhões nos próximos anos, que virão da prorrogação antecipada de nove contratos de arrendamento de terminais e da licitação de três novas instalações e serão investidos em obras de infraestrutura viária e portuária. "Só que não há nenhuma garantia de que esses valores serão mesmo investidos no complexo santista", adverte.
Por isso, ele faz uma reivindicação: "Que a SEP, sob nova direção, atue de forma decisiva para deslanchar os projetos para o Porto de Santos. Entre essas obras, está a de remodelação da entrada da cidade, um projeto tripartite (União, Estado e Município) que já recebeu licença ambiental e está à espera da publicação de mais dois editais."