Segunda, 20 Outubro 2025

Editorial | Coluna Dia a Dia

Portogente

“Tempo é a medida dos negócios.” — Francis Bacon (1625)

“O que conta não é o negócio que você consegue, mas o que você consegue manter.” — Bruce Crowell

O Porto de Santos vive um momento histórico de transformação, com projetos estruturantes que reposicionam a Baixada Santista como um polo logístico, industrial, tecnológico e ambientalmente sustentável. A combinação de obras estratégicas como o túnel imerso entre Santos e Guarujá, a expansão da profundidade para 17 metros e o avanço do projeto de hidrovias metropolitanas, redefine a imagem do porto como motor central de desenvolvimento regional e nacional.

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Imagem gerada por IA

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A assinatura do contrato com o grupo português Mota-Engil para a construção do túnel submerso simboliza o início de uma nova era. A ligação física das margens do estuário, aguardada há mais de um século, trará um salto na eficiência logística, reduzindo gargalos rodoviários e otimizando a circulação de cargas e pessoas. Trata-se de um passo decisivo para consolidar Santos como porto inteligente, conectado e competitivo no cenário global.

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Paralelamente, o aprofundamento do canal navegável permitirá a operação de navios, com calado operacional maior, aumentando a movimentação de cargas, reduzindo custos e ampliando a competitividade internacional. A articulação com um sistema hidroviário interno na Baixada, ecologicamente mais limpo e alinhado às metas ESG, tem potencial de transformar radicalmente o escoamento de cargas e gerar milhares de empregos.

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A história recente mostra o custo de decisões equivocadas. O fechamento da fábrica de pás eólicas Tecsis, por falta de logística portuária adequada, exemplifica a perda de oportunidades industriais para a Baixada Santista. Bertioga poderia ter sido um polo de energia renovável, integrado ao canal portuário, visão que hoje se torna mais urgente do que nunca.

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Mas o cenário mudou. A Autoridade Portuária de Santos, com um quadro técnico de excelência, lidera uma agenda de inovação, digitalização e integração intermodal, que exige igualmente coragem política, planejamento territorial inteligente e protagonismo da sociedade científica e empresarial. O robusto parque universitário da região é ativo estratégico decisivo para tornar Santos também um porto de inteligência, não apenas de cargas.

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Superar os desencontros regionais e alinhar logística, tecnologia, sustentabilidade e inclusão é o desafio prioritário. Reduzir custos, ampliar produtividade e elevar o valor agregado das operações precisa caminhar lado a lado com a geração de empregos qualificados, transição energética e economia azul.

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O túnel imerso, as hidrovias e a expansão do calado não são apenas obras de engenharia, são infraestruturas de futuro. São pontes que conectam portos, cidades, pessoas e oportunidades, posicionando a Baixada Santista como epicentro estratégico da nova economia marítima global.

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