Editorial | Coluna Dia a Dia
Portogente
Já comentamos anteriormente por aqui. Com sua capacidade de “pensar fora da caixa”, o Brasil tem excelente oportunidade de liderar o mundo rumo a uma nova matriz energética, mais limpa – e isso não é ufanismo simples, mas afirmação baseada em dados reais e comprováveis. Claro que alguns vão negar, como negam que a Terra seja “redonda” e que algum ser humano já pisou na Lua (os próximos, pelo visto, serão os chineses...). Não importa, os que negarem ficarão para trás, como tantos impérios que a História transformou em pó.
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Energia é fundamental para mover o mundo. Seja a quantidade colossal de eletricidade para concentrar dados de milhões de equipamentos e permitir o funcionamento das novas opções de Inteligência Artificial, seja a necessidade de limpar terras e mares prejudicados pelas emissões poluentes de veículos, indústrias e outros engenhos humanos. A conferência climática em Belém do Pará poderá mostrar muitas novidades, neste sentido: poderemos certamente ensinar muito e também aprender muito nessa área.
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Há anos, batemos periodicamente na mesma tecla: cada vez mais, os meios de transporte de cargas e passageiros estão sendo alvo de escrutínio com lupa em relação aos cuidados na emissão de poluentes atmosféricos.
Não é simples, nem fácil, trocar uma frota de navios tradicionais por outra mais moderna, mas quem começou lá atrás, enfrentando os custos extras, hoje colhe resultados consideráveis, seja na economia direta, seja na experiência adquirida para lidar com as próximas exigências ambientais de um mercado internacional cada vez mais preocupado com os efeitos negativos das agressões acumuladas à capa atmosférica que nos protege.
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Então, goste ou não cada empresário, queira ou não fazer, é questão de sobrevivência econômica, os melhor preparados ganharão mercados, perdidos por aqueles que não acreditam nas mudanças. Nem percamos tempo enumerando como conglomerados gigantes de empresas de três décadas atrás ficaram apenas na lembrança das gerações anteriores, quase nada (no máximo!) significando para a economia atual.
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Então, esta é a grande oportunidade para um país que não pode fabricar moeda e mandar conta para os outros, não tem uma frota de submarinos dos quais basta um para acabar com a espécie humana se um estranho alienigena alaranjado apertar um botão etc. etc.
Nestes novos tempos, inteligência, inventividade e vontade de fazer algo melhor contam mais que os indicativos de força econômica e militar. Temos forte apoio da agricultura de cana-de-açúcar e de soja. Então, mãos à obra! Estamos apresentando resultados que abrem portas em muitas mentes e países. Surfemos essas novas ondas!
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Não vamos cansar o leitor com detalhes de “o que fazer” e “como fazer”, quem fará a diferença já sabe e está fazendo, em escala industrial. Buscando realizar seu enorme potencial.
Apenas, incentivemos o Brasil a ser mais Brasil, perante as demais nações. O resto vem por si só. Já está vindo, então podemos brindar a isso.
Mas, por favor, muito cuidado para não brindarem com metanol. Este biocombustível é muito usado como solvente e também entra na composição de combustíveis, mas – diferente do etanol – é altamente tóxico, mortal para os seres humanos. Como o Brasil viu acontecer num bar da zona nobre paulistana e como qualquer coisa manipulada inadequadamente pode ser. Fiquem atentos aos primeiros sinais de mal estar e reajam imediatamente procurando ajuda médica, não esperem o diagnóstico se confirmar!
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Com biocombustível, Brasil ajuda o mundo a evitar poluição pela atividade marítima
Imagem: Inteligência Artificial Copilot