Um dos maiores entraves ao desenvolvimento brasileiro reside nos elevados custos logísticos.
Sem sombra de dúvida, o seminário “Modernização dos Portos Lanterna na Popa e na Proa”, pauta um debate importante do comércio marítimo da principal hinterlândia do hemisfério Sul. Realizado no dia 2 pp, na Câmara Municipal de Santos, como propositura do vereador Francisco Nogueira (Chico do Settaport - PT), com foco na expansão do Porto de Santos. Importante destacar que, desde a Lei nº 8.630/93, ainda não se abordou suficientemente o Porto de Santos como um dos instrumentos centrais do desenvolvimento paulista e brasileiro. E como fica claro na análise da atual conjuntura portuária, esse debate é forçoso. Haja vista a expansão acelerada da Nova Rota da Seda chinesa.
Crédito: @dronefabiano68 (Instagram)
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Compondo a mesa do evento, o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, indagou: “será correto que políticos de Brasília discutam leilões de áreas de Porto, já que eles não conhecem a área?”; o auditor fiscal, Elias Carneiro opinou: “temos espaço para crescer e, para isso, precisamos de segurança jurídica; para o Almirante Murilo Barbosa da Associação dos Terminais Privativos – ATP (representante dos terminais privados), a lei 12.815 trouxe centralização de poder em Brasília. “Tem que mexer na 10.233 – dos transportes aquaviários e terrestres”. Todos apontaram para um debate que destaque o importante e fundamental.
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Convém recapitular que a Lei nº 8.630/93 criou o Conselho de Autoridade Portuária – CAP, órgão colegiado constituído pelos diversos interesses que atuam no porto e que deveria dirigir suas ações no sentido requerido pelo mercado. Entretanto, esse papel central no debate da descentralização das decisões fundamentais, sofre influências das autoridades federais, sejam do poder executivo ou do poder legislativo. Esse desalinhamento com as demandas do mercado e com o interesse produtivo, induz e promove perda sistêmica.
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A exemplo dos principais portos do mundo e no sentido de alinhar objetivos de vários setores, levando em conta o novo tempo que bate à porta, é forçoso e urgente o entendimento das mudanças globais, explorar as vantagens locais e promover inovações tecnológicas, de modo a fomentar o que é importante e fundamental. Assim, pensar o Porto de Santos como parte essencial de importante cadeia produtiva, reconhecendo seu papel não apenas no transporte de mercadorias, mas também na agregação de valor, como Porto Indústria integrado à rede hidroviária, que alinha e engloba a participação de diversos segmentos, inclusive do trabalhador.
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Portogente abre um fórum web para mais opiniões sobre a Regionalização do Porto de Santos. A pauta é: resgatar o caráter deliberativo do Conselho de Autoridade Portuário (CAP). É assim nos principais portos do mundo, por exemplo: Rotterdam e Antuérpia, na Europa. Principalmente, levar em conta que o Porto de Santos se situa no estado mais industrializado do País. Como comentou sobre o tema o engenheiro José Antônio Oliveira de Rezende, em entrevista ao Portogente:” manter as rédeas, mas não tolher o desenvolvimento de potenciais”.
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No sentido de contribuir na consolidação do alinhamento de objetivos dos vários setores através da regionalização do Porto de Santos, de modo a potencializar o desenvolvimento e competitividade, Portogente estende o debate do espaço dos lugares para o espaço dos fluxos (Internet). Para participar CLIQUE AQUI.
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