Terça, 03 Dezembro 2024

A revolução digital tem trazido compradores e vendedores, de ao redor do mundo, aproximando-os.

Há uma evidente e antiga carência de planejamento estratégico moderno do Porto de Santos. Apesar do seu quadro técnico competente e tantas universidades ao seu redor, falta plano para promover o processo de desenvolvimento desse importante complexo portuário, baseado na visão de longo e curto prazos, respectivamente nos níveis estratégico e operacional. Consequentemente, prevalecem os interesses imediatos, de prazos curtos e funcionalidade, não raramente, de baixa qualidade, desproporcional com a evolução global do setor. Ante infraestrutura obsoleta e demandas sofisticadas num crescendo está posta uma pressão que dificulta alcançar cenários futuros competitivos, que já ocorrem nos principais portos do mundo.

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Foto: Divulgação

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O improdutivo dessa grave situação resulta, principalmente, do processo de decisão anacrônico, que deve ser tratado com prioridade e regionalização dos portos brasileiros. Um conceito ainda não bem percebido e que se traduz por evolução dos 45 primeiros portos do mundo. O seu primeiro passo, no Brasil, é a recente delegação de competência. Portanto, convém que essa modelagem seja uma das prioridades do governo Lula, para que o principal porto do hemisfério sul consiga atingir o futuro, ante as transições logísticas que ocorrem globalmente. Como diretriz estratégica, seja paradigma para uma reforma portuária nacional que faça história.

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Este tema foi bandeira dos dois governos Fernando Henrique Cardoso (FHC). No final do segundo mandato, como ele divulgou em Santos, por ocasião da entrega do porta-aviões, NA São Paulo, à Mariinha do Brasil, foi manchete do principal jornal da cidade: “FHC vai regionalizar o Porto de Santos”. Segundo circulou no meio político, não ocorreu por imposição da vitória do presidente Lula. E que hoje, muito provavelmente, deve ter uma visão diferente e apoia a descentralização das decisões portuárias, como mostra a recente delegação.

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Essa decisão de regionalizar, hoje é distinta do que teria sido no governo Fernando Henrique. Pois, ela tem mais conformidade com a modernidade ágil da tecnologia, para produzir, movimentar e distribuir. Sem dúvida, o modelo atual, de gestão sem planejamento estratégico suficiente, expõe um processo de administração incompatível com a visão para construir o porto do futuro, focado em competitividade, com parâmetros avançados. Razão deste modelo de administração portuária ter sido implantado com gestão regionalizada, na Europa, desde os anos 80.

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Está posta luz sobre uma estruturação, tão importante e polêmica, operada por meio de um modelo político de gestão por demais controverso e distinto das melhores estratégias portuárias do mundo. Tudo isso aponta para que essa reforma deve abranger o papel efetivo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ. De fato, o governo Lula ainda tem faixa política estreita para implantar, plenamente, a regionalização dos portos. Considerando que no futuro próximo, assim como foi na transposição do rio São Francisco, serão encaradas novas instituições e novas teorias, ideologias e problemas.

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NOTA: Portogente abre espaço à reflexão necessária sobre a significação do modelo brasileiro de Autoridade Portuária. Os comentários iniciais podem ser postados abaixo.

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