Dois séculos atrás, os recursos energéticos eram quase exclusivamente do sol.
Enquanto portos buscam, mundialmente, soluções de fontes de energia sustentáveis, o Porto de Santos tem o privilégio de receber parte da energia que consome de fonte renovável. Inaugurada em 1910, a Usina Hidrelétrica de Itatinga é um projeto de valor ambiental importante, já que o seu sistema de captação de água respeita a natureza e não causa grandes alterações no fluxo natural do rio Itatinga, ao produzir energia pelo modelo a fio d’água.
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Com o lançamento do edital para interessados na doação de estudos para possível concessão da Usina e sugestões que incluem gestão turística e ambiental da vila, bem como diversificação da energia produzida no complexo, a Autoridade Portuária de Santos (APS) demonstra compromisso com as práticas ESG e o planejamento estratégico de longo prazo. Assim, levar o Porto de Santos a uma posição de destaque como Porto Verde.
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Dentro dos estudos há, também, a previsão da construção de uma usina de hidrogênio verde, gerado a partir da eletrólise da água e por meio de fontes renováveis. O hidrogênio aparece como alternativa de combustível no setor de transporte, fazendo a combinação ideal em conjunto com a cidade de Santos que possui o segmento logístico como parte principal de sua economia. A implantação dessa usina levaria pelo menos 5 anos, o que faz ser urgente o início desse processo.
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A diversificação da energia gerada na Usina de Itatinga, além do hidrogênio, também deveria analisar sistemas híbridos de geração, com a utilização de vento e sol, bem como outras fontes alternativas, aumentando a potência gerada com a vantagem da utilização da infraestrutura já existente. Sistemas híbridos de geração de energia trazem uma maior segurança e estabilidade ao fornecimento de eletricidade.
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Essas iniciativas são essenciais para pavimentar o futuro que, apesar de parecer distante, se aproxima de maneira fugaz. Os investimentos em processos e tecnologias que reduzem o impacto no meio ambiente, além do óbvio benefício ao planeta, também trazem aumento da eficiência; podem reduzir custos e, no caso da geração híbrida, de outro modo, trazer lucros que podem ser reinvestidos. Entretanto, é indispensável um planejamento para assegurar eficiência e uma abordagem organizada ao desenvolvimento.
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