Quinta, 12 Dezembro 2024

O porto do futuro será quase, senão totalmente automatizado, inteligência artificial e análises avançadas

Quando ocorrem as eleições municipais, a relação porto-cidade é um debate imperativo dos candidatos aos cargos políticos da cidade portuária. O porto é o fator principal do progresso e de muitos problemas desses municípios. Razão acertada da prefeita Telma de Souza (PT), da cidade de Santos, quando no final da década de 80, criou um órgão com status de secretaria de assuntos portuários, pioneiro no Brasil. Desde então, o tema regionalização do Porto de Santos é pauta política e portuária neste município e, convém ao Brasil, que seja tema nacional destas eleições nas cidades dos demais portos.

barra do porto
Entrada da Barra de Santos: Foto de Portogente

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A cidade portuária é a área urbana dos navios e suas cargas, bem como o espaço das pessoas, funções que devem se relacionar harmoniosamente. Sob a ótica operacional, ao abordarmos o aspecto da qualidade de serviços, podemos pensar no comércio e nos transportes como numa empresa, onde os diversos órgãos gerenciais têm os seus objetivos particulares. Assim, é o caso dos transportadores, operadores portuários, agência de navegação, exportadores ou importadores. Para que se aprimore esse sistema é necessário alinhar a atuação de cada segmento numa só direção.

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Para incrementar a produtividade estrutural regional (hinterlândia), o Porto de Santos tem que ser pensado como parte de uma cadeia produtiva, que agrega valor ao produto, quando permite seu deslocamento eficaz, das áreas de produção à de consumo. De modo a obter ganhos de prosperidade, é necessário integrar os setores de transporte e produtivo em uma única diretriz, através de adaptações estruturais. Este processo teve início com a Lei 8.630/93, que criou o Conselho de Autoridade Portuária – CAP, um órgão colegiado constituído pelos diversos interesses que atuam no porto e que dirige suas ações no sentido requerido pelo mercado.

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Portanto, a eficiência da atividade portuária é dependente do estabelecimento de política voltada ao tratamento de cada setor de maneira particular, vinculando-a num escalonamento às singulares necessidades socioeconômicas. Para tanto, a Regionalização do Porto de Santos permitirá que a escolha dos executivos da alta direção seja feita dentre aqueles alinhados com desenvolvimento regional. E não como é atualmente, vinculados aos interesses de outras regiões concorrentes ou estratégias políticas irresponsáveis.

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No sentido de se obter o alinhamento de objetivos de vários setores através da Regionalização do Porto, é conveniente, operacionalmente, adotar-se por um período determinado (dois anos) o Contrato de Gestão da empresa, na qual o Governo estabelecerá as metas e os indicados para a sua direção. Dessa forma e através dos interesses regionais, assumir o compromisso de cumpri-las. Além disso, incluindo as participações de diversos segmentos, inclusive o trabalhador, com a participação individual limitada, bem como a minoritária do governo.

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O passo seguinte, de maior envergadura, será incluir a democratização do capital da empresa, cujo processo de transferência irá resultar de estudo próprio e fomentar o capital privado. A participação minoritária do governo objetiva livrar o processo administrativo de seus entraves burocráticos, Condição favorável a formulação das adequadas parcerias que privilegiem os interesses regionais.

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*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

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