Porto é uma unidade territorial estabelecida na linha de costa
É fato incontestável, a atual profundidade do Porto de Santos não é suficiente para receber os navios no padrão da nova geração do comércio internacional, de maior calado: mais econômicos, e competitivos, no transporte por tonelada.milha.Tampouco o atual modelo de gestão da Autoridade Portuária, com diretores escolhidos por apadrinhamento político, corresponde à melhor solução. Compete ao Conselho de Autoridade Portuária -CAP, no seu papel de atração de carga, propor e fomentar a criação de consórcio para construção e gestão do Porto de Santos offshore, a exemplo do Maasvlakte, em Roterdã.
Maasvlakte/ Roterdã
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A concessão da Companhia Docas de Santos, que deteve a operação, por 88 anos, de 1892 até 1980, foi um projeto exitoso. Por outro lado, a campanha Santos 17 foi insuficiente para realizar o aprofundamento do canal de acesso para 17 metros; uma mobilização política sem sucesso. Hoje anunciado como concessão e dependendo de estudos do ambiente costeiro. Enquanto isso, o Porto de Santos opera próximo ao limite. A busca para encontrar solução torna inadiável olhar para o futuro do hoje principal porto do hemisfério sul, de modo a fomentar a união de esforços e alcançar o progresso.
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O sistema offshore, com local de instalação bem definido, e processo construtivo em ilha artificial, já é altamente conhecido e certificado. Com tempo estimado para operação entre 3 e 5 anos, apresenta-se como a alternativa para a limitação atual. Esse novo modelo portuário já é empregado na China, Singapura e Roterdã. Entretanto, o licenciamento ambiental assusta investidores e dificulta o desenvolvimento de soluções logísticas que não só são urgentes, mas necessárias para que Santos não se torne uma rota secundária para grandes navios. Portanto, uma iniciativa improrrogável e, para tanto, exigente de uma equipe gestora de excelência técnica e profissional.
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As vantagens para o consórcio de operadores do Porto de águas profundas são palpáveis, entre elas a capacidade para atracação de navios com calado e capacidade de carga de acordo com as novas regras IMO (Organização Marítima Internacional). Do ponto de vista operacional, como é projetado visando a eficiência, tem espaço para abrigar todas as novas tecnologias de automatização, melhores práticas de sustentabilidade e possibilita a integração de Centros de Distribuição dentro dos próprios terminais, permitindo a experiência porta-a-porta completa.
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A formação do consórcio vai facilitar, principalmente, a obtenção do licenciamento ambiental. De modo a agilizar essa etapa que intimida grandes investidores dispostos a aportar intensos volumes monetários nas fases seguintes do empreendimento. Quando o caminho para o resultado deve ser percorrido, a escolha das lideranças é o patamar de verdadeira excelência. Neste horizonte, destacam-se os engenheiros Carlos Eduardo Bueno Magano e Casemiro Tércio, ex diretores do Porto de Santos, especialistas reconhecidos em soluções logísticas contemporâneas.
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