Sábado, 23 Novembro 2024

O sindicato cujo futuro encontra-se aberto no Brasil, segue fundamental. (Márcio Pochmann)

Defendendo a renovação sem licitação do contrato do terminal da operadora portuária Ecoporto, no Porto de Santos, que vence em junho próximo, o sindicalista e vereador da Câmara Municipal de Santos , Chico Nogueira (PT), justifica a manutenção dos empregos dos trabalhadores. Assim, tem promovido mobilização da categoria, para demonstrar o temor do possível desemprego, um motivo bem forte nos dias de hoje.

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Indubitável que a garantia de trabalho e demissão só com justa causa, é um valor que precisa ser entendido como razão de uma empresa ser concessionária de área pública. É um debate para iluminar a transição da operação com as novas tecnologias. Ou melhor, uma condição a ser incorporada nos futuros editais de licitação. De modo que, além de preservar o trabalho, terá que promover novos investimentos e gerar competitividade.

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Trata-se da pauta central do futuro sindicalismo portuário. Pois, a preservação do emprego implica práticas sociais e a sobrevivência do negócio. Quando no comércio marítimo, no hemisfério norte, já há navios conduzidos por robô. Situação que alerta e transforma o caso do terminal da Ecoporto em uma adaptação ao novo tempo, bem como destaca a importância de enfrentar a dispensa da mão de obra pela nova tecnologia e pelo capital; em situações semelhantes.

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Por conta disso, é essencial ampliar o escopo dessa negociação, para se justificar e ser inovadora. Principalmente nas cláusulas trabalhistas, como pacto que assegure garantir a sobrevivência humana ante a automação. Decerto, a figura central desse desafio, o trabalhador, também ocorre de não perceber a importância da sua participação, por desconhecer a realidade do desemprego e a precarização do trabalho que assola o mundo.

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O momento profundo da renovação do contrato da Ecoport, acontece quando o principal porto do Brasil é dirigido por um partido trabalhista, expondo, também, a questão do futuro do sindicalismo. Um conflito entre o capital e o trabalho, no porto que foi palco histórico de cenas revolucionárias, com vidas perdidas, na defesa do trabalho portuário e no heroico enfrentamento da ditadura.

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É a vez e a hora do sindicalismo portuário se justificar e se condicionar. Ao mesmo tempo em que será condicionado pela sociedade da qual faz parte.

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