O cluster portuário da Baixada Santista conectado com o mercado global
A pauta do ministério de Portos e Aeroportos anunciada para o Porto de Santos, de construir o porto oceânico e o túnel submerso ligando as margens do seu canal por onde flui o tráfego marítimo e cruza o fluxo urbano, pressupõe mudanças nas relações do porto e as cidades vicinais. Um processo de ampliação do espaço geográfico da atividade portuária abrangendo os municípios de Santos, Guarujá, Cubatão, São Vicente, Praia Grande e Bertioga. É imperativo que se promova reflexões consequentes, inspiradoras de criatividade e originalidade. Assim, fomentar o desenvolvimento sustentável e preservar as cidades para as pessoas.
Vista do Porto de Santos (SP). Crédito: Acervo Portogente.
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Nesse horizonte, Portogente vai promover um debate amplo e aberto, como estratégia na exploração de novas ideias para a inovação. Prioritariamente, estimular a percepção ampla e exata da rede de hidrovias pelas prefeituras dessas cidades, como conexão com a rede do comércio internacional. Utilizar como modelo de indústria verde e tecnológica, o negócio da fabricação de pás eólicas para geração de energia limpa, e participar da logística do comércio de aerogeradores, como o porto de Suape. Isto precisa ser bem entendido em todo o seu ciclo: da matéria prima, fabricação e transporte. Sem negligenciar o papel turístico das cidades e sua região.
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O levantamento regional elaborado pela Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista – AGEM, juntamente com a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A - Emplasa, produziu cartas topográficas e mapas abrangendo os seis municípios, como elementos úteis para projetar as áreas portuárias verdes. O espaço é a matéria prima dessa proposta e ele deve ser pensado como fator de transição, para acolher as demandas atuais, preservando o futuro. Como resultado de um projeto de qualidade, possível, para unir a sociedade com práticas ESG. .
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Nesse amplo e moderno processo de promover desenvolvimento sustentável, o CONDESB – Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista, como representante do governo do Estado de São Paulo, terá papel essencial no planejamento do uso do solo. Fator determinante na implantação de atividade produtiva nos municípios, com arquiteturas, desenhos urbanos e modo de pensar o futuro com cidades inteligentes, dinâmicas e sustentáveis. Um processo industrial e econômico integrando essas cidades ao pujante comércio marítimo internacional, através do principal porto do Brasil.
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Trata-se de uma mobilização - de recursos humanos, financeiros e dados informacionais - exigente de expectativa social e permissão legal. A relação porto-cidade vem ganhando destaque no mundo acadêmico, entre pesquisadores do planejamento urbano, geografia, engenharia e outras áreas da ciência social. No caso do Porto de Santos, as cidades no seu entorno, por razões históricas, participam pouco da sua realidade e carecem de compreensão das oportunidades e possibilidades. E a ocasião para realizar é agora.
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Decerto, as relações porto-cidades que se propõe, na Região Metropolitana da Baixada Santista, têm visão distinta da antiga era industrial, incompatível entre essas duas entidades. Entretanto, as soluções que são hoje consideradas pioneiras no Brasil, já foram aplicadas com êxito há muito em portos de referência mundial. Além disso, essa região tem um parque universitário para refletir e balizar tecnicamente esse momento de oportunidade ímpar, bem como de aprimorar a sua vocação global. Todavia, é preciso harmonizar o poder público, em seus diferentes níveis de decisão política.
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