Quinta, 21 Novembro 2024

Distinto de se opor ao comércio e aos investimentos globais, trata-se de colaborar para a construção de comunidades saudáveis, respeitadas e sustentáveis. (Fritjof Capra)

Dad 08DEZ2022Sem sobra de dúvida, o assunto meio ambiente no governo Lula, será tratado com mais modernidade, do que foi nos últimos quatro anos, quando esse tema foi polêmico. Mundialmente, as cúpulas climáticas da ONU, as COPs, todos os anos vem demonstrando que o tema está evoluído com o engajamento dos países na solução dos problemas ambientais. Nos portos, essa meta é definida pelo conceito do Porto Verde. Há muito que ser feito. Hoje a atividade portuária transcende a movimentação de carga junto aos cais. Sua logística competitiva estende-se para o oceano e ao interior.

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Esse fluxo do comércio impacta o desenvolvimento da sua área de influência e as suas relações envolvem os setores produtivo, de distribuição física e das decisões governamentais. Suas externalidades são refletidas nos três pilares ESG (sigla em inglês de ambiental, social e governança). É na sua relação com a cidade das pessoas onde ocorrem os conflitos mais notados e decorrem reações mais acirradas. Mundialmente, o compromisso com a sustentabilidade atrela conceito às marcas.

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Ao focar ambientalmente o principal porto brasileiro, o de Santos, deveria ser prioritário esclarecer com todas as letras a situação do navio do grupo Cosan, para armazenar gás, denunciado como um potencial explosivo equivalente a 55 bombas de Hiroshima. Também explicar a segurança do terminal de Alemoa, para produtos químicos e inflamáveis, próximo à área urbana e onde, no passado recente, ocorreu o maior incêndio da história do porto. Deste acidente resultou uma degradação descomunal de natureza protegida.

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É função da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) fomentar a sustentabilidade na atividade portuária. Foi exemplar o evento por ela promovido, destacando e premiando as melhores práticas ESG. Um sinal de um novo tempo de operações dos portos, preservando a natureza. Como acelerador dessa iniciativa, os fatos do navio da Cosan e do terminal da Alemoa, no Porto de Santos, são dois casos que devem participar como debate desse programa.

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Uma das tarefas básicas da agência reguladora é a fiscalização e controle da qualidade dos serviços prestados. Convém que a atividade no principal porto brasileiro seja paradigma nacional no cumprimento das normas e leis, que não se verificou na construção do tanque da Ultracargo e, por isso, ocorreu o terrível incêndio na região da Alemoa, prejudicando por dias o acesso ao porto. Trata-se da segurança que o investidor exige, na hora de aplicar seu capital, essencial à construção do porto do futuro.

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A despeito da complexidade que se traduz a busca da sustentabilidade na atividade portuária, há dois fatores que têm papeis relevantes no processo de produzir resultados e, ao mesmo tempo, preservar a natureza: uma autoridade portuária competente, alinhada com o negócio do porto e desejar uma beira-mar protegida.

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