Santos não é bem um tema, é uma solução aberta (Patrícia Galvão)
Convém ao principal porto do Hemisfério Sul, o de Santos, ter o tema Porto & Cidade entre os assuntos da sua atribuição, mas não como uma campanha de temporada. Ser o propósito de uma nova cultura, que harmonize a sua atividade com a qualidade de vida dos municípios onde está localizado. Nas cidades de Santos, Guarujá e Cubatão. Assim, promover diálogo, aprimorar relações e a cooperação entre as cidades das pessoas e o porto do comércio e turismo,
Porto e Cidade de Hamburgo.
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Há 30 anos, a francesa Association Internationale de Villes et Ports (AIVP) vem semeando e expandindo iniciativas ao redor do mundo portuário, na construção do desenvolvimento sustentável das cidades e seus portos. No Brasil, essa questão também está posta e, cada vez mais, ganhando a atenção do mundo acadêmico. Trata-se, principalmente, de um processo de compartilhamento de conhecimento e informação nos futuros projetos das cidades e dos portos.
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O modelo de Autoridade Portuária no Brasil, atrelado às indicações políticas, é uma razão irrefutável do atraso pernicioso ao desenvolvimento sustentável que se assiste em nossos portos. Por isso ocorrem decisões, como instalar próximo à cidade o navio tanque de gás da Cosan, com potencial da bomba de Hiroshima. Um cenário intolerável como prática ESG (Ambiente, Social e Governança, em português). Decerto, isto hoje não é mais um negócio robusto.
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É um trabalho hercúleo definir a cultura da cidade portuária, administrada por um poder político nem sempre consciente da atividade do porto e, não raras vezes, insatisfatório como administrador público. Uma tarefa que envolve a importância histórica e contemporânea dessa cultura para o planejamento futuro dos projetos portuários, que caracterizam a particularidade de uma cidade. Inexoravelmente, o porto precisa estar envolvido com as práticas sociais e regionais locais: pauta da Agenda AIVP 2030.
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A cidade portuária é um terreno particularmente desafiador à abordagem inovadora. São novas tecnologias e conexões globais em redes compartilhadas de interesses. Do comércio, de trabalho, da qualidade de vida, na particularização e caracterização do uso e ocupação dos espaços urbanos, assim, fomentando novas estratégias. Bem como, interrelações, enfoques atuais e futuros, cujo grau de eficiência principia no modelo de Autoridade Portuária. No caso do Porto de Santos, isto está discrepante.
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