Uma nova cultura para os portos
A assessoria da campanha do candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Sila, do Partido dos Trabalhadores (PT), encaminhou respostas às perguntas do Portogente sobre o programa para os portos e logísticas (comércio exterior e abastecimento) do Brasil. Demostram, de fato, os avanços no setor durante os governos petistas, mas ficou aberta uma questão central: o modelo de gestão. Tema prioritário, especialmente pela ruptura causada pelo programa de desestatização em curso e cujos resultados são, ainda, incertos. A reforma desafiante do Porto de Santos (SP), o principal do hemisfério sul, é qualificada para balizar o futuro dos portos brasileiros, pelo volume necessário de obras e investimentos, pa ra agilizar e dar escala à movimentação de cargas, incluindo a construção de um porto off-shore e um túnel submerso ligando as suas margens.
Confira as respostas abaixo
* Os portos e as logísticas na visão do PT: respostas ao Portogente
O engenheiro e consultor Carlos Bueno Magano, profundo conhecedor da realidade do Porto de Santos, faz uma análise conjuntural das respostas, na seção Opinião. Fica claro que a pergunta não respondida sobre a indicação de gestores dos portos teria exposto com objetividade a eficácia da proposta do programa para os portos e seus reflexos nas logísticas. Visto que o critério para indicações dos gestores é fator relevante na análise da perspectiva de sucesso desse programa, até agora fundamentado em indicações políticas, sem priorizar a competência para o cargo. Como se assistiu, em 2016, toda a diretoria do Porto de Santos sair presa pela Polícia Federal.
Artigo Carlos Bueno Magano
* Os portos e as logísticas na visão do PT
A estratégia do PT acerta ao colocar como os maiores desafios a busca de maior eficiência operacional das instalações portuárias e, nos portos públicos, ter foco em investimentos na infraestrutura. Porém, é preciso demonstrar como serão feitos esses investimentos, na medida das necessidades para expansão do porto, com recursos da Autoridade Portuária e do Orçamento Geral da União – OGU. Nesse sentido, Magano destaca o excesso de liquidez existente no mercado para investimentos em infraestrutura, que permitem ampliar e modernizar o negócio portuário, incluindo uma melhor relação Porto&Cidade, quase inexistente atualmente e indiscutí vel como práticas ambiental, social e governança (ESG).
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* Diálogo sincero entre atores do Porto de Santos e região
Justificada como um marco regulatório do governo petista, a Lei 12.815/2013 é fundamental para fomentar e organizar a ação do setor privado na atividade portuária. Portanto, no caso do Porto de Santos, há condições de abordar este potencial vinculado aos projetos de ampliação, para compatibilizar a sua produtividade às novas logísticas. Condição para ser competitivo na logística do agronegócio, principalmente com os portos no Norte, parceiros dos chineses; na logística dos contêineres, com os portos do sul. A geração de maior eficiência operacional no porto vai ser estimulada a partir de novos arranjos, em função do modelo de Autoridade Portuária.
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* Desenvolvimento do Porto de Santos como obra de arte
A qualidade da gestão dos portos e interação com as respectivas logísticas constituem fator relevante para fomentar o progresso e contribuir para superar as crises econômica e social do País. Dar eficiência a esse processo amplo e intenso, sumariamente, trata-se de otimizar as funções de planejamento e execução, com geração de melhores e esperados resultados nos portos. Tudo isto, de forma abrangente e bem percebido pela proposta do PT. Entretanto, ao abordar a forma de enfrentar esses desafios, apontou caminhos sem orientar como percorrê-los.
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* Portos do Brasil nas campanhas Lula e Bolsonaro
