Sistemas logísticos eficientes formam bases para o comércio e a manutenção de um alto padrão de vida... (Ronaldo H. Ballou).
Parece que a reforma do Porto de Santos está corrigindo o rumo em direção a um futuro de inovação, com produtividade e investimentos robustos. Ou seja, o melhor modo de manter a posição de principal porto do Hemisfério Sul. Se de fato for possível a participação de consórcio de empresas instaladas, no leilão da desestatização, a comunidade do porto será fortalecida e irá promover maior alinhamento das decisões com o negócio portuário. Principalmente, aprimorar, de forma objetiva, o papel de Autoridade Portuária (AP).
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É fato consumado que a tomada de decisão na AP deve ter, por princípio, muito conhecimento das condições locais e promover a conciliação de múltiplos interesses em torno de um objetivo comum. Caso contrário, sua eficiência será inútil para atrair cargas mais nobres e impactar a sua zona de influência. Tampouco a nova modelagem de administração do Porto de Santos pode ser barreira às novas formas de participação da iniciativa privada, cujos investimentos são necessários para otimizar o desempenho das operações portuárias e ampliar a capacidade de armazenagem; parâmetros essenciais para a atividade portuária gerar riqueza e trabalho.
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Ao se estruturar uma administração portuária empreendedora, o ganho do investidor deve estar vinculado ao crescimento do negócio e ocorre, também, das suas ações serem negociadas em bolsa de valores. Dessa forma, haverá a minoração de barreiras a novos entrantes e estímulo à expansão do porto, como na necessária construção da estrutura offshore para operar navios de última geração. E vencer tantos outros desafios, como realizar a transição para o porto verde, com energia renovável.
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Esse processo de inovação deve assegurar a construção do túnel submerso, ligando Santos à Guarujá, como fator de excelência ao tráfego de navios no canal do porto. Portanto, é imperativo priorizar esse projeto, que sempre foi compromisso destacado desta reforma, como estratégia para competitividade portuária e uma nova visão da relação do porto e as cidades por ele impactadas. Visto que na atual situação, com o aumento do fluxo dessa travessia, também cresce o risco de acidentes.
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A possibilidade de fazer o principal porto do Brasil dar um salto olímpico para o futuro está assegurada, por um debate local da maior qualidade mundial. O que se assistiu de emperramento, até o momento, foi por escassez de mediação à altura da missão em direção ao melhor. Jamais faltou contribuições valiosas, para inovar e avançar. Parece que agora a sensatez foi incluída nas tratativas para o desenvolvimento do Porto de Santos, como deve ser tratada uma obra de arte.
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