Caminhadas novas requerem líderes, capazes de apontar caminhos.
É quase certeza a probabilidade de a disputa para presidente da República do Brasil se dar entre o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Portogente vai analisar estas duas opções políticas no horizonte dos nexos novos do comércio marítimo mundial e os necessários arranjos dos portos do Brasil e suas logísticas. Principalmente sobre o Porto de Santos: qual a mensagem para identificar os limites que procuram alargar?
Leia também
* Os caminhos da modernização do Porto de Santos
Em 2018, quando o candidato Bolsonaro assumiu o compromisso de “chegar ao final do governo com patamares similares aos portos asiáticos de Busan, Yokohama e Kaohsiung”, ele objetivava o triunfo da apresentação sem significação, gerando uma ancoragem politiqueira. Posto que, aqueles portos do Japão nada têm com nossas características portuárias, especialmente as hinterlândias, um fator tão determinante. Portanto, aquele discurso, estava mais próximo da falta de foco que hoje se percebe no atual programa de desestatização dos portos.
Leia também
* Construir o Porto de Praia Grande para o futuro do Porto de Santos
Decerto, somente no campo de um programa transformador, que promova ruptura de forma eficaz nas estruturas limitantes do progresso e as reformule como parte da mudança, no processo da inovação dos portos pelas novas tecnologias, será possível conciliar o conflito entre modelos de gestão: estatal versus privado. Ou seja, uma iniciativa com meta de o espírito empreendedor transformar o setor público, a partir das propostas dos candidatos.
Artigo Frederico Bussinger
* A virtude está na propriedade ou na autonomia portuária?
No intuito de lançar luz sobre o compromisso de construir portos de máxima produtividade, com práticas Ambiental-Social-Governança, Portogente encaminhou as seguintes perguntas ao candidato Lula:
1) Qual sua avaliação do setor portuário brasileiro no momento? E da logística brasileira (comércio exterior e abastecimento doméstico)?
2) Quais os principais desafios antevistos para os portos brasileiros durante o próximo mandato? E para essa década de 20?
3) O porto de Santos é o atual líder de movimentação no Hemisfério Sul, mantê-lo como líder é algo a ser perseguido?
4) No passado, as empresas portuárias administradas pelo Governo Federal tinham seus dirigentes indicados por cotas partidárias, independentemente de o indicado ter ou não conhecimento nas respectivas áreas. Em seu mandato, como se dará a indicação nas Companhias Docas de gestão Federal?
Leia também
* O empreendedorismo no Porto de Santos