Ampliando a entrada, para o comércio do Porto de Santos passar.
Eleito Bolsonaro ou Lula, o Porto de Santos precisa ser inovado. Portogente vem refletindo na web esta realidade, abordando questões específicas e estruturantes, objetivando apresentar uma proposta, como debate técnico-político, focando o desenvolvimento da Baixada Santista e o progresso da hinterlândia, resultantes da competitividade do porto. Nesse processo, é fundamental definir um modelo de dragagem que sane a limitação à navegação.
Um dos maiores porta contêineres do mundo.
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A dragagem do porto é um projeto complexo, tanto para gerar resultado e garantir as profundidades de projeto, quanto para ser executada com eficiência e baratear custos. Por sua especificidade, e o seu papel essencial, deve fazer parte do conjunto da reforma do porto, com visão de reduzir resistências ao comércio em escala, na dimensão do Brasil. Daí a necessidade de um planejamento mestre, estabelecendo a meta da cota de 17 metros e projetar o porto offshore, para profundidades maiores, baseados em dados históricos da sedimentologia e hidráulica da região.
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Há mais de duas décadas foi proposta a privatização da dragagem atrelada à garantia das profundidades do porto com segurança. Portanto, é uma solução suficientemente estudada, apesar de, por tantas razões, não ter sido levada em consideração até hoje. Entretanto, a conjuntura tecnológica mundial e seus sistemas integrados de logística, acelerando a formação de novos mercados consumidores, exigem um sistema de dragagem portuária que garanta a operação de transporte com dimensão maior.
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É preciso levar em conta a opinião de um especialista, com largo conhecimento do setor, afirmando que “o País já esteve atrasado em tecnologia de dragagem. Hoje, estamos muito pior”. A ampla abordagem do assunto pelo Portogente também aponta nessa direção. E o movimento Santos17, que mobilizou a comunidade portuária na reivindicação da profundidade de 17m no canal, é uma amostra inequívoca da necessidade de adotar novo padrão e de que o assunto não está sendo tratado, ainda, acertadamente.
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Certamente, Roterdam construiu os portos em águas profundas, Maasvlakte 1 e 2, para navegar no novo tempo e não para jogar fora dinheiro. O Porto de Santos precisa ter um plano de expansão consistente e dinâmico. E não tem, porque não consegue conquistar, pelas mesmas razões que tentaram impedir a Companhia Docas de Santos de construir o seu porto. Decerto, realizou uma das maiores obras do Brasil.
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