E tão pouco podem governar se não forem capazes de oferecer uma visão e um caminho para a sociedade (FHC – A arte da política)
Se havia alguma dúvida sobre a candidatura do ministro da Infraestrutura para o Governo do Estado de São Paulo, essa foi dissipada agora. Dia 10 de fevereiro próximo está agendado o primeiro jantar de empresários, às 20h, na churrascaria Tertúlia, em Santos (litoral paulista), com o tema “Retomada Econômica da Região Metropolitana”. Até aqui, perfeito, porque a pujança do Estado de São Paulo teve origem e passa pelo Porto de Santos. Uma boa oportunidade para avistar o futuro tão almejado.
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Portogente tem feito esse debate há três anos com o Projeto Santos2050, de raiz, robusto e compatível com o potencial do maior porto do País, bem além do voo curto do programa de desestatização do Ministério da Infraestrutura (MInfra). Está posto um tema para o concorrido jantar, visto que a retomada econômica da região e do Estado de São Paulo passa pelo futuro do Porto de Santos; e a desestatização é uma oportunidade.
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Entretanto, o mais impactante e preocupante é a poligonal que limita a ação das políticas públicas da administração federal a uma pequena área dentro do estuário e sem uma visão de sistema. Uma trava terrível à possibilidade exponencial do desenvolvimento econômico da Região Metropolitana, do Estado de São Paulo e do Brasil. Por falta de conhecimento suficiente do problema que se trata, da região e da indisposição ao diálogo sem sombreamento, para entender as diretrizes do Santos2050.
Artigo | Frederico Bussinger
Uma autoridade portuária nacional?
Tarcísio de Freitas tem perfil, potencial eleitoral próprio e São Paulo, o principal estado do Brasil, será bem dirigido; será uma eleição de estratégia partidária e muito disputada. O potencial marítimo, fluvial e logístico da Região Metropolitana da Baixada Santista faz inveja a de grandes portos mundiais, fato por vezes aqui reiterado. Entretanto, a bem estruturada Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) é isolada do planejamento do porto, por questões politiqueiras.
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A região tem uma população de aproximadamente 2 milhões de habitantes e a cidade sede, Santos, tem uma das maiores densidades de excelentes universidades do Brasil. Essa população quase dobra no período de férias. Seu porto é o mais importante do Hemisfério Sul. Num debate político tão rico, a partir de hoje, o Portogente lança o esquenta do tão esperado churrasco. Será uma oportunidade para o convidado especial surpreender os anfitriões, organizando as forças locais na conquista de necessidades e desejos atrelados à expansão portuária.
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A política do século XXI vive forte transição, principalmente pela tecnologia da informação. A sociedade em rede favorece o ator social reconhecer-se e construir significado. Ao falar dos comércios e logísticas que cruzam o Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas trata de desenvolvimento, que gera trabalho, atrai investimentos e produz riqueza. O líder representar valores que as pessoas desejam seguir, fica-lhe mais fácil conquistar a vitória.
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