"Cada período é caracterizado pela existência de um conjunto coerente de elementos de ordem econômica, social, política e moral, que constituem um verdadeiro sistema: uma inovação." (Milton Santos)
A divulgação do Webinar Portogente “Desestatização da Docas do ES – Codesa”, no próximo dia 6 de abril, provocou manifestação do setor sindical por não contar com a participação dos trabalhadores entre os painelistas. Entretanto, a estratégia ampla desse debate poder ser comparada a um conjunto de círculos concêntricos. E a internet como ponte, para que as questões abordadas atinjam um horizonte contemporâneo da atividade portuária mundial.
Editorial
* Debater a polêmica desestatização da Codesa
No mundo todo, a competitividade das nações depende muito dos seus portos movimentarem mercadorias com eficiência. Como elos de cadeia logística, a atividade portuária demanda capital que o Estado não dispõe e, ao mesmo tempo, ganhou importância no processo de mundialização do capital. Na busca desse padrão, implica discutir o porto como gerador de riqueza e trabalho. Ou seja, considerar a produtividade total dos fatores.
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Como interesse nacional, a desestatização dos portos deve ser traduzida por investimentos produtivos, geradores de economia além da sua fronteira de possibilidade. Visto que a conjuntura atual, na maioria dos portos brasileiros, é caótica e indefensável. O modelo a ser adotado, todavia, precisa ser bem entendido, e há muitas perguntas ainda não respondidas. Considerando a influência que as redes da comunicação exercem sobre a tomada de decisão.
Da Redação
* Modelo australianos de desestatização
A mudança de paradigma no trabalho portuário está anunciada há três décadas. Lutar contra uma realidade pretérita faz o sindicato perder tempo escasso e chance para negociar espaço na nova realidade. Sem desprezar a degradação na solidariedade de classe. Trata-se de um encadeamento “não apenas de critérios políticos e simbólicos, mas também econômicos”, alerta a pesquisadora da atividade portuária, a professora Carla Diéguez.
Editorial
* Nossos portos têm mais Brasília e menos Brasil
Decerto, inexiste complicador para o movimento dos sindicatos dos trabalhadores participarem desse amplo debate. É uma oportunidade para incorporar novas realidades e novas ideias, e se adaptar ao tempo que passa e tudo muda.
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Na ótica do consultor portuário Carlos Eduardo Magano, mediador do debate: discutindo um tema que é o break through (avanço) portuário nesse momento no Brasil.