O papel mais forte do porto é a geração de emprego e renda
Só o tempo poderá dizer se um projeto para arrendamentos temporários é a prioridade hoje para o Porto de Santos, ainda, o principal porto do Brasil. Quando a mesma gestão fecha um terminal de contêineres em plena atividade e gera muitos desempregos. Portogente continua firme no seu propósito de defender um planejamento integrado de longo prazo, para evitar que soluções casuísticas atravanquem o futuro.
Porto de Shenzhen, China.
Artigo | Carlos Magano
* Negócios com áreas no Porto aumentam a oferta de emprego e renda
Fiel aos seus valores, como a imparcialidade, apartidarismo e espírito crítico, para que seu público elabore e destaque suas próprias opiniões, Portogente, como sempre, abriu espaço para o engenheiro Carlos Eduardo Bueno Magano manifestar seus argumentos contrários ao editorial do dia 28 de janeiro último, “Negócios com áreas atrapalham o futuro do Porto de Santos”.
Editorial
* Negócios com áreas atrapalham o futuro do Porto de Santos
Convém destacar que Magano é uma das grandes competências mundiais para realizar um projeto exitoso para o Porto de Santos. Seu denso currículo inclui uma vida profissional brilhante dedicada ao complexo portuário santista. Estivesse ele acertadamente na condução dessa reforma portuária, sem sombra de dúvida, o projeto em curso teria maior grandeza. E o Brasil poderia sonhar com patamares de portos asiáticos.
Nossa opinião
* Nossos portos têm mais Brasília e menos BrasilNossos portos têm mais Brasília e menos Brasil
O porto é um potencial de desenvolvimento, cujo grau resulta da qualidade de projetos e gestão. Seu papel maior é dar produtividade máxima ao capital, no sentido amplo e abrangente à mão de obra. O baixo nível de investimento do governo em infraestrutura em proporção ao PIB reflete a baixa atração de investimentos privados. Falta planejamento para além da obsessão pelo curtíssimo prazo, atrelada aos interesses políticos míopes.
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Evolução do investimento do governo central em proporção do PIB – em %
Fonte: Observatório de Política Fiscal (Ibre/FGV – 2020 e 2021)
Apesar dos argumentos e gráficos espelharem fluxos de menor impacto proporcional ao crescimento da movimentação do porto, pela modalidade de transporte e avanços tecnológicos, os espaços permanecem demarcados pelo passado longínquo. Utilizados sem projetos grandiosos e engenharia inovadora, ameaçam vidas e geram baixa produtividade do capital portuário.
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Na sua missão de expor fatos, comentários e análises esclarecedoras sobre os assuntos relevantes da logística portuária, Portogente promove hoje, às 15h, o webinar Ferrovia Interna do Porto de Santos – FIPS.