Desenvolvimento nacional é o desenvolvimento do homem, da Terra e das instituições.
Ao mesmo tempo que o secretário de Desestatização, Salim Mattar, afirma que não há clima no mercado para vender participações em ativos, notícia de capa do The New York Times, desta terça-feira (28/04), indica que os investidores estão apostando que um punhado de empresas sairá da crise ainda mais forte. Os recentes movimentos das bolsas mostram um mercado ávido para investir em ações. Estamos vivendo uma das maiores crises econômicas mundiais, com previsões desalentadoras. No Brasil, a política, que deve mediar a saída das crises sanitária e econômica, também colapsou.
Entrevista especial
* Brasil precisa de mudanças sociais e menos interferência política em processos e agências reguladoras
Nesse clima conturbado, o governo Bolsonaro busca uma saída política emergencial que garanta o enfrentamento eficaz do novo coronavírus, com recordes de óbitos, sem previsão para ser controlado e zerar novos casos da infecção. As alianças com o Centrão vêm acontecendo e alcançarão as empresas estatais. Ao se pensar o futuro, ante tantas perdas e poucas certezas, o Brasil precisa achar uma alternativa à falta de clima para vender ativos, anunciada pelo secretário de desestatização, e recuperar a sua economia.
Editorial
* Estado nacional não pode fraquejar, precisa defender sociedade e economia
O futuro do mundo será um cenário de forte regulamentação ambiental e de negócios, exigente de qualidade de planejamento e projetos. Será necessário evitar resistências à retomada do processo de desenvolvimento, em um novo paradigma tecnológico. A maioria dos grandes projetos, senão todos, provavelmente estará envolvida em desafios legais longos e dispendiosos. É preciso ter vontade política para preservar a autonomia das estatais atrelada ao seu foco na função estreita e específica que lhes dá capacidade de ação.
Leia também
* Negócios à luz das regras de compliance
Anunciado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, “eles [a China] têm a demanda, e isso mostra, mais uma vez, que um casamento [com o governo chinês] precisa continuar, porque é inevitável”. Uma amostra clara e auspiciosa de que o País terá uma visão multilateral para superar a crise econômica. Um processo de inovação que agrega oportunidade e tecnologia, bem como tem que ser estendido à administração das estatais, que devem prestar contas das suas decisões à uma sociedade cidadã. Para dar produtividade ao modelo atual, a exemplo dos portos, cujas decisões são tomadas em Brasília e desalinhadas com o negócio portuário.
Editorial
* Uma reforma portuária que não vira
Na gestão do seu governo, Bolsonaro está sustentado por uma forte presença militar. A mudança de rumo em curso nas relações políticas com o Congresso Nacional é uma exigência de posição, para o Brasil progredir. Trata-se de uma capacidade relacional para mover competências e força de trabalho que poderão superar as crises, na marcha para construção do progresso.