Quinta, 25 Abril 2024

Em live realizada na noite desta quarta-feira (1/04), o economista e professor Antonio Corrêa de Lacerda sentencia que vivemos uma das maiores crises da história em termos de economia mundial. "Já tivemos outras crises bastante significativas, mas não como essa está se apresentando."

RigaMundo se prepara para enfrentar uma das maiores crises históricas. Brigada de Riga, Letônia,
instala infraestrutura para contaminados. Crédito: Fotos Públicas.

Segundo ele, a saída clássica do combate à crise do ponto de vista econômico está na ação firme dos Estados nacionais, que detêm o monopólio de emissão de moeda e de dívida. Para ele, necessário diferenciar, e nunca comparar, os orçamentos doméstico com o público. "Quando vem uma crise, como pessoa física, do ponto de vista microeconômico, temos a receita diminuída. Para o Estado, acontece exatamente o contrário, na crise ele precisa ser mais ativo, porque ele tem um papel anticíclico, ele tem que ir na contramão do gasto privado, que se contrai", defende.

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Na crise, prossegue Lacerda, o Estado tem que gastar mais, preferencialmente em infraestrutura, saúde, políticas sociais, geração de renda, apoio às empresas e aos cidadãos e manter seus programas sociais, "porque isso terá efeito multiplicador, ou seja, cada real gasto talvez gera dois ou trêss reais na atividade econômica, porque isso acaba voltando para o Estado, porque a receita do Estado é a tributação".

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O economista, que é presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e diretor da Faculdade de Economia e Administração da PUC-SP, diz que o Estado precisa "prover recursos imediatamente para a saúde com equipamentos, hospitais, recursos humanos para fazer frente à demanda que virá de assistência médica. Segundo, tem que combater o efeito da crise econômica, já que a medida principal, neste momento, é o isolamento social, o Estado tem de prover de recursos as pessoas menos assistidas, os pobres, os trabalhadores informais".

Na avaliação do especialista, a economia, de certa forma, já se colapsou. "Vamos viver uma recessão esse ano, o tamanho dela vai depender da extensão da pandemia e do sucesso ou não de medidas que o governo tomar." Todavia, ele assevera que sem a atuação emergencial e correta do Estado nacional, neste momento, "teremos um caos social e econômico insustentável e tornaria a crise ainda mais grave e ainda mais difícil de retomar as atividades".

O que equivale dizer: "Não temos tempo a perder."

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