Queimada na Amazônia. Vazamento de óleo nas praias da região Nordeste. O Brasil vem ocupando espaços nos jornais internacionais não com boas notícias, infelizmente.
Conservação da natureza e exploração racional dos recursos são desafios que remontam, em sua própria essência, à aparição do homem sobre a Terra. No entanto, isto vem perturbando, sobremaneira, o atual governo do Brasil. O tema meio ambiente tem provocado solavancos que posicionam mal o País no cenário mundial e ameaçam a aceitação do produto brasileiro no comércio internacional. Para reverter a situação é preciso mudar tendências culturais e a razão objetiva no trato dessas questões.
Barris de óleo são encontrados na costa sergipana. Foto: Adema | Governo do Estado de Sergipe.
Entrevista especial
* Como sofreremos com a perda da Amazônia
A Amazônia é uma vantagem competitiva brasileira invejável econômica, social e ambientalmente. Como tal, deve ser explorada com sustentabilidade exemplar e originalidade. De forma a ser produtiva, preservada e soberana. No entanto, por ausência de políticas adequadas, a floresta é foco frequente de conflitos. Trata-se, contudo, de um paradigma exclusivo e de enorme potencial na conciliação entre a conservação do meio ambiente e a erradicação da pobreza.
Opinião | Gleriani Ferreira
* Caso Amazônia: ignorância e ingenuidade diplomática
O extrativismo sustentável desse pujante bioma exige pesquisa e tecnologia de ponta para mantê-lo produtivo e preservado como um símbolo mundial da soberania nacional competente. Sem sombra de dúvida, é uma forma de estimular ações adequadas para ocupar e defender a região amazônica, no esforço permanente de prover meios para se atingir com eficácia os objetivos nacionais. Entre esses, o de gerar trabalho respeitando a natureza e aplicando a competência de nossa população.
Reprodução de YouTube.
Entrevista especial
* Precisamos da Amazônia para viver, diz artista indígena
Sob a ótica do combate à poluição, questões como o óleo que assola o paradisíaco litoral nordestino não são resolvidas culpando a suspeita do "petróleo ser da Venezuela governada por comunistas". O problema é, de fato, a ausência de gestão, que também causa danos e urge ser revertida. Como destacou a presidente da Comissão de Direito Marítimo e Portuário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Pernambuco e coordenadora da pós em Direito dos Transportes da MLAW, Ingrid Zanella, segundo a atual legislação, não conter os danos ambientais ou não ter uma plano de emergência "é igual a poluir".
Compliance é um ativo fundamental à competitividade da empresa moderna, preservação do meio ambiente e se constitui em um avanço cultural irreversível. Potencializada pela tecnologia digital, essa nova cultura acelera o mercado a ser cada vez mais exigente de produtos e serviços atrelados a padrões de sustentabilidade e ética para preservar os recursos naturais e a humanidade ter um rendimento que permita sua sobrevivência. O transporte marítimo e a expansão da atividade portuária não estão isentos deste panorama. Devem ser incentivados e geridos com responsabilidade ambiental.