Quinta, 28 Março 2024

Clique aqui para ler a primeira parte deste artigo.

Repentinamente, a pedido de Fábio Fontes, o apito do Odysseus soou, como forma de saudar os que contemplavam a sua saída, bem como se despedir da Cidade que tanto havia recebido o casco que se despedia daquele cais...

O Princesa Isabel fez muito sucesso na Ponte Marítima Rio–Santos, que estreou em 1967.


Passageiros descendo do Princesa Isabel, em 1967. Foto: José
Dias Herrera. Acervo do autor.

Naqueles tempos, tive o privilégio de participar de um minicruzeiro a bordo do Princesa Isabel, em janeiro de 1968.

Na época, o navio saía do Cais do Armazém 6 da Companhia Docas de Santos (CDS) às sextas-feiras, por volta das 19 horas, chegava ao Rio de Janeiro nas primeiras horas da manhã dos sábados e atracava no cais do Lloyd, na Praça XV.

Abro aqui um parêntese a título de esclarecimento. Nos anos 60 e 70 o porto ainda era administrado pela companhia privada CDS, que foi concessionária do cais durante 90 anos. A partir de 8 de novembro de 1980, o complexo portuário santista passou para o controle e administração da empresa estatal federal Codesp.

O retorno do Princesa Isabel ocorria a partir das tardes de domingo, com chegada a Santos às 7 horas das segundas-feiras.

O navio era alegre e divertido! É essencial também recordar o excelente cardápio de bordo do Princesa Isabel. Melhor do que os servidos nos atuais navios de cruzeiros.


O inesquecível Princesa Leopoldina, um dos Cisnes Brancos
do Lloyd/Costeira, era gêmeo idêntico do Princesa Isabel. Ao fundo, é
visto o cartão-postal da Cidade Maravilhosa, o mundialmente
conhecido Pão de Açúcar. Col. do autor.

Vale lembrar que, no final dos anos 50, os navios brasileiros de passageiros estavam em péssimo estado, principalmente os famosos Itas da Costeira.

Assim, foram encomendados quatro transatlânticos para a Companhia Costeira, depois transferidos para a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro, o Lloyd.

Dois navios foram construídos na Espanha, o Princesa Isabel e o Princesa Leopoldina, que mediam 145 metros de comprimento.

Os outros dois foram construídos na antiga Iugoslávia, o Rosa da Fonseca e o Anna Nery, com 150 metros de comprimento.

O Odysseus já teve também o nome de Aquamarine. A última armadora do navio foi a Royal Olympic Cruise Lines, de Pireus, Grécia.

Digo – com todas as palavras! – que a época dos Cisnes Brancos foi especial, com momentos inesquecíveis, que devem ser eternamente guardados no coração!

Os que vivenciaram aquele período dos Cisnes Brancos sabem do que estou dizendo!

Fica aqui uma recordação da passagem do Odysseus em Santos.

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