Sexta, 19 Abril 2024

Um dos maiores escritores brasileiros sobre navios do Brasil é, sem sombra de dúvidas, o shiplover José Carlos Rossini (68), que está radicado em Genebra, Suíça. É casado com a simpática e gentil suíça Marie Luise, tem dois filhos nascidos em São Paulo - Giancarlo e Francesca - e uma linda netinha. Trabalhou em Santos na gerência do Banco Lar Brasileiro. Nos anos 1970, a família mudou para Genebra, onde Rossini se estabeleceu como importador.


Cartão-postal da cosulich Società Triestina di
Navegazione, armadora de navios famosos do
passado, nos quais familiares de Rossini viajaram.
Col. do autor.

Rossini é autor de artigos e livros que abordam a história da maioria dos navios que vinham para América do Sul nos séculos XIX e XX.

De 1991 a 2001, Rossini escreveu semanalmente a coluna Rota de Ouro e Prata (ouro referente ao Brasil e prata à Argentina), mais de 300 artigos, publicados no jornal A Tribuna de Santos.

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José Carlos Rossini com o autor, durante a EXPO-98, realizada em Lisboa,
Portugal. Ao fundo, a Fragata Dom Fernando II e Glória - o último
grande navio veleiro a fazer a chamada Carrera da India. Navegou
entre 1845 e 1878. Atualmente, é navio museu. Foto: Gustavo Giraud.

Diga-se de passagem, textos sempre interessantes do princípio ao fim, além de repletos de informações sobre os principais transatlânticos.

Rossini é autor de obras como Rota de Ouro e Prata - 1995, Santos Cidade Marítima - 1977 (juntamente com o prático Fábio Fontes, o pesquisador histórico Jaime Caldas e comigo), Sinistros Marítimos na Costa do Estado de São Paulo – 1900-1999, O Naufrágio do Principessa Mafalda e Bandeiras no Oceano – Volumes I e II - 2000, que conta a história da mais famosa armadora brasileira de todos os tempos, o Lloyd Brasileiro.


José Carlos Rossini, o Sr. Navio, com sua mãe, a sra. Assunta, em visita
ao  Conte Grande, o pós Guerra, em 1949. Acervo: J. C. Rossini.

É amigo do pessoal da Praticagem de Santos. Mantém bom relacionamento com os práticos dos portos de Santos e de São Sebastião. Ele também escreveu uma obra sobre a entidade.

Durante conversas com Rossini, ele contou que a epopéia da sua família no Brasil aconteceu a partir de 1877, quando o seu bisavô materno, Francesco Cafalli, deixou a sua Toscana, embarcando em Gênova no pequeno vapor La Pampa, com destino ao Porto de Santos, estabelecendo-se em Sorocaba, no interior do estado de São Paulo.


O transatlântico italiano da N. G. I - Navigazione Generali Italiana,
gêmeo dos navios Duca Degli Abruzi e Duca di Genova. Fez
viagem inaugural em 1912. Media 144,77 metros e deslocava
7.804 toneladas. Foi demolido em 1929. Col. do autor.

Nas décadas seguintes, o Oceano Atlântico foi atravessado incontáveis vezes pelos descendentes do pioneiro Francesco.


O belo Giulio Cesare, de 1922. Media 183,60 metros de comprimento
e deslocava 21.657 toneladas. Era gêmeo do Duilio. Col. do autor.

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

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