Como prometi no artigo passado (e eu cumpro as promessas, ao contrário de certas autoridades...), continuo agora informando sobre as últimas novidades em logística para a Baixada Santista, que considero impressionantes!
O anúncio do pomposo Trem Expresso Regional São Paulo/Santos foi feito minutos após os participantes do fórum Santos-Export assistirem belo vídeo sobre como será o novo aeroporto metropolitano... de Praia Grande. Dava para ver e ouvir a partida de modernos jatos do aeroporto a ser construído, junto a um futuro moderno centro empresarial Andaraguá. Nada contra, que fique claro, desejo sucesso aos dirigentes e investidores da Icipar.
Mas é que depois de tanto tempo jejuno de aeroportos civis (o último era um campinho de aeroclube em Praia Grande, há muito desativado) e vendo funcionar apenas uma base aérea militar em Guarujá, chego a engasgar com tanto aeroporto que me enfiam goela abaixo. Teremos o de Guarujá, o de Itanhaém, agora o de Praia Grande, fora os helipontos que se espalham pelos tetos, até de uma catedral santista.
O interessante em todas essas novidades é que – sabiam? – é que elas surgem, esquentam os debates, depois somem por um tempo. Precisamente em 19 de outubro de 1919, o aviador naval Virginius Brito de Lamare afirmou: "Santos há de ser um centro importante de aviação, em breve futuro". Naquela época de pioneiros, a Air France tinha campo de pouso em Praia Grande e os hidroaviões das então futuras Lufthansa e PanAir fariam escala regular em Santos, em seus vôos intercontinentais.
Foto: Lufthansa
O Taifun, logo após ser catapultado do navio Westphalen
em Bathurst, na costa africana, em direção ao Brasil
A região metropolitana da Baixada Santista, que hoje nada tem, já contou com linhas regulares diárias para São José dos Campos e Rio de Janeiro, e também para Curitiba. A média mensal de pousos e decolagens era de 94 aviões, de empresas como Varig, Real, Cruzeiro do Sul, TAC, Aero Geral. Ano? 1952...