Terça, 16 Abril 2024

Na semana passada estive presente no II Seminário de Ciências Sociais da Fespsp (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), instituição em que atuo como docente e pesquisadora. O tema da mesa “Perspectivas para as Ciências Sociais na Próxima Década” colocou como desafio aos expositores pensar os temas que serão candentes e que nortearão os estudos das Ciências Sociais, e consequentemente o pensar o Brasil, nos próximos 10 anos.

O debate começou indicando que a antropologia deve se voltar ao homem e seus meios, entre eles os meios visuais, de forma a compreender como os povos se expressam e neste sentido, pensar questões como as religiões, as artes e o feminismo, buscando a diversidade de temas e também de opiniões.

Logo depois se colocou os desafios para a sociologia, como o retorno a si mesma e ao seu cerne, o de pensar o homem, mas em uma perspectiva globalizante, que terá por foco a sustentabilidade e a segurança. Para completar, foram apontados os caminhos para a Ciência Política, principalmente no Brasil, onde, segundo o expositor, teremos um crescimento de 5% ao ano, com a Classe D e E obtendo crescimento de 11% ao ano, passaremos por uma crise de lideranças ao mesmo tempo em que nos tornaremos cada vez mais global players e teremos de enfrentar o desafio de compatibilizar o discurso da sustentabilidade com as metas desenvolvimentistas.

Desta forma, é possível dizer que na próxima década teremos como horizonte pensar o homem e sua existência em um país globalizado e cada vez mais inserido nas discussões mundiais centrais, mas que ainda carece de compreender a si próprio, suas diferenças e suas intolerâncias, fator necessário para que possamos transpor a barreira de sermos apenas um país em desenvolvimento e finalmente nos tornarmos um país desenvolvido.

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