Transporte / Logística

Nos últimos três anos, o presidente da Comissão Nacional de Segurança nos Portos e Vias Navegáveis (Conportos), João Carlos Campos, já respondeu diversas vezes sobre o atraso na implantação do ISPS Code nos portos brasileiros. Entretanto, agora a sua paciência parece estar próxima do fim. E há motivos mais que suficientes para isso, pois importantes portos públicos do Brasil, como Santos, Maceió e Vitória ainda não conseguiram adequar-se às regras do Código Internacional de Segurança de Navios e Instalações Portuárias, por mais que recebam verbas, visitas de técnicos e ultimatos de Brasília, antes por parte do Ministério do Transportes e, atualmente, da Secretaria Especial de Portos (SEP).

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Em mais uma medida para reduzir o número de acidentes no Porto de Santos – onde só esse ano seis portuários morreram –, a direção da Codesp publicou uma resolução que obriga os operadores portuários a promover o chamado check list antes de toda operação no cais, para evitar a ocorrência de novas tragédias no complexo santista. O texto foi finalmente publicado na última quinta-feira (13), um dia depois da criação do Cenep e do anúncio da compra de simuladores para o treinamento de portuários. Entretanto, como PortoGente antecipou na semana passada, a resolução já estava pronta desde 6 de dezembro, aguardando apenas sua divulgação.

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A chegada do verão e de dias de calor intenso causa mais uma preocupação aos trabalhadores portuários, já sujeitos a todo tipo de intempérie climática. Como se não bastasse o permanente risco de acidentes, colocando em risco a saúde e a segurança dos operários, os trabalhadores ficam expostos ao sol durante a maior parte da faina nessa estação. O modo mais eficiente de se proteger é utilizar o filtro solar que, embora muito divulgado, ainda não é adotado pela maioria dos portuários.

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O mecânico Marcos André Oliveira Araújo morreu, no último dia 22, após sofrer um acidente a bordo do navio de longo curso Castle Island, no Porto de Vila do Conde (PA). Araújo, que chefiava a casa de máquinas da embarcação, foi arremessado nas águas do Rio Pará. Ele estava sem colete de proteção e utilizava apenas botas próprias para a função. O corpo do trabalhador de 30 anos foi achado somente no último sábado (24), mais de 40 horas após a ocorrência. Um outro trabalhador também foi arremessado ao rio e teve uma perna fraturada. Ao contrário de Araújo, ele utilizava o colete de proteção individual na hora do acidente, equipamento que o ajudou a sobreviver.

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Em maio de 2006, a antiga diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) firmaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com objetivo de inibir o tráfego de caminhões em péssimo estado de conservação pela região portuária de Santos, um problema grave que poderia causar, até mesmo, graves acidentes.

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