Em maio de 2006, a antiga diretoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) firmaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com objetivo de inibir o tráfego de caminhões em péssimo estado de conservação pela região portuária de Santos, um problema grave que poderia causar, até mesmo, graves acidentes.
Entretanto, um ano e meio depois, muitos desses caminhões ainda circulam pelo cais, como constatou a reportagem do PortoGente na semana passada. O péssimo estado de conservação de alguns desses veículos chega a assustar quem não está acostumado a andar pelo porto. Apesar do TAC e da vigilância da Guarda Portuária santista, quem tem caminhão em condições precárias ainda pode trafegar tranquilamente pela região portuária.
Este caminhão, por exemplo, está com o vidro dianteiro
completamente trincado, tendo sido alvo de uma pedra ou até
mesmo de um tiro, mas estava estacionado na faixa portuária
Já este veículo sofreu algum acidente e, mesmo com o farol esquerdo totalmente amassado, continua transitando pelo porto
Momento curioso: quem não tem onde estacionar seu veículo de
carga pesada não confia na sorte e, além de trancar a porta,
passa uma corrente e se garante com um cadeado
Além do péssimo estado de conservação dos pneus e da ferrugem em excesso por toda a carenagem, parte do painel dianteiro está amassado
Neste caso, a destruição do vidro é visível e, ao mesmo tempo,
sofrível. O motorista “resolveu” o problema cobrindo o local com outro material, que impede a visualização da rua quando se está ao volante
Aparentemente, a pintura é o maior problema do caminhão
acima. No entanto, a fumaça preta que ele solta por onde
transita chega a atrapalhar o trânsito
Com o peso excessivo da carga transportada, a cabine do
motorista chega a ficar torta, o que prejudica a suspensão
do veículo e aumenta a possibilidade de acidentes