Sábado, 23 Novembro 2024

Transporte / Logística

O setor portuário nacional pode sofrer um estrangulamento nos próximos três anos, caso não sejam feitos fortes investimentos na infraestrutura portuária. O alerta é do coordenador de Infraestrutura Econômica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Campos, que conversou com o PortoGente sobre o estudo “Portos Brasileiros: Diagnóstico, Políticas e Perspectivas”.

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou segunda-feira (17), em Brasília, estudo detalhado sobre as necessidades e os desafios que envolvem os portos brasileiros. O cenário não é dos mais animadores. As obras destinadas aos portos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, irão sanar apenas 23% dos problemas mais urgentes, como reformas de acessos rodoviários e ferroviários, dragagens e ampliações de áreas para movimentação de cargas.

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Nesta entrevista ao PortoGente, o professor Ricardo Oliveira de Souza, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental e do Programa de Pós-graduação em Transportes da Universidade de Brasília (UnB), faz uma avaliação da situação atual do sistema ferroviário brasileiro.

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Embora tenha como costume adotar modelos internacionais para gerir setores estratégicos do País, o governo brasileiro parece estar desatento à tendência mundial para o desenvolvimento da cabotagem. Os países que contam com volumes expressivos nessa modalidade de transporte têm como lema proteger o mercado interno e não deixar a cabotagem ao sabor das altas e baixas da maré internacional. Os Estados Unidos, por exemplo, só autorizam a utilização de embarcações de bandeira norte-americana na cabotagem, com a obrigatoriedade de 75% de mão de obra local entre os tripulantes.

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Além de buscar a recuperação financeira após a praga da vassoura-de-bruxa ter mudado os rumos da economia baiana, os produtores de cacau do Sul da Bahia também precisam lidar com um adversário indigesto: a falta de infraestrutura dos portos do estado. O especialista em cacau Thomas Hartmann foi direto ao ponto e, ao PortoGente, disse que os portos da Bahia estão, hoje, muito aquém do que se faz necessário.

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